Em sua denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa o chefe de Estado brasileiro de ter formado, junto com outros políticos do PMDB, um grupo exclusivo para cometer crimes contra instituições públicas, em troca de propinas pagas pela empresa JBS, pertencente à J&F. Segundo o procurador, quase R$ 600 milhões teriam sido movimentados nessas operações.
PGR denuncia membros do PMDB por organização criminosa e obstrução de justiça. https://t.co/mWwvQz7Jhe pic.twitter.com/LtzQ3SejiO
— MP Federal (@MPF_PGR) 14 de setembro de 2017
Além de Temer e Joesley, também foram denunciados pela PGR os políticos Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco e o executivo Ricardo Saud, também da J&F.
A obstrução, de acordo com Janot, se configurou por conta de pagamentos indevidos feitos ao operador financeiro Lúcio Funaro para evitar que ele firmasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.
"Neste sentido, Michel Temer é acusado de instigar Joesley Batista a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens a Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro. Os três são denunciados por embaraçar as investigações de infrações praticadas pela organização criminosa", diz a PGR, destacando que, apesar disso, Funaro fez o acordo de delação e as informações prestadas constam da denúncia.