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Temer e Joesley são denunciados por obstrução e organização criminosa

© AP Photo / Ricardo BotelhoMichel Temer fala em 18 de maio de 2017 anunciando que não iria renunciar ao seu cargo, após a divulgação da gravação da conversa com Joesley e Wesley Batista
Michel Temer fala em 18 de maio de 2017 anunciando que não iria renunciar ao seu cargo, após a divulgação da gravação da conversa com Joesley e Wesley Batista - Sputnik Brasil
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O presidente do Brasil, Michel Temer, o empresário do grupo J&F Joesley Batista e outras sete pessoas foram denunciadas nesta quinta-feira, 14, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por suspeitas de obstrução à justiça e organização criminosa.

Em sua denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa o chefe de Estado brasileiro de ter formado, junto com outros políticos do PMDB, um grupo exclusivo para cometer crimes contra instituições públicas, em troca de propinas pagas pela empresa JBS, pertencente à J&F. Segundo o procurador, quase R$ 600 milhões teriam sido movimentados nessas operações. 

Além de Temer e Joesley, também foram denunciados pela PGR os políticos Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco e o executivo Ricardo Saud, também da J&F.

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"Segundo a denúncia, eles praticaram ações ilícitas em troca de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados. Michel Temer é acusado de ter atuado como líder da organização criminosa desde maio de 2016", informou a assessoria da PGR. "A denúncia explica que o núcleo político da organização era composto também por integrantes do PP e do PT, que compunham subnúcleos políticos específicos, além de outros integrantes do chamado 'PMDB do Senado'", acrescentou.

A obstrução, de acordo com Janot, se configurou por conta de pagamentos indevidos feitos ao operador financeiro Lúcio Funaro para evitar que ele firmasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal. 

"Neste sentido, Michel Temer é acusado de instigar Joesley Batista a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens a Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro. Os três são denunciados por embaraçar as investigações de infrações praticadas pela organização criminosa", diz a PGR, destacando que, apesar disso, Funaro fez o acordo de delação e as informações prestadas constam da denúncia.

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