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Vale tudo: deputados da oposição fazem bolão do impeachment

REPORTAGEM GOVERNO X OPOSIÇÃO
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Começou a contagem para a entrada em votação, na tarde deste domingo (17), do parecer do relator da comissão especial da Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável à continuidade do processo de impeachment da Presidenta Dilma Roussef.

A peça do processo, desde a entrega do pedido até a votação do parecer na Câmara e leitura em Plenário, reúne mais de dez mil páginas. A partir de sexta-feira(15), o texto começa a ser discutido pelos 513 deputados. Até lá, governo e oposição traçam estratégias para garantir votos contra e a favor do impedimento. Para que o processo seja aprovado na Câmara serão necessários  342 votos.

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O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), falou com a imprensa e afirmou contar com a mobilização e a pressão dos movimentos populares para fazer a diferença contra o impeachment. Principalmente em relação aos deputados que ainda estão indecisos. "Nessa altura, já não é mais a defesa do governo, é a defesa do processo democrático. Acho que é uma votação em aberto e nós vamos disputar. Os elementos mais fortes que nós que temos são o elemento da convicção (da inocência de Dilma) e o movimento em defesa da democracia, que é cada vez maior na sociedade. Aqui tem um conjunto de votos ideológicos que não vai mudar, e tem um conjunto de votos que ainda está em disputa. Estes são os que nos interessam".

Para Chinaglia, o impeachment precisa ser derrubado para  derrotar aqueles que colocam em risco a estabilidade da economia do país. “A economia também foi ferida dessa forma. Não só (a economia), mas agravou os programas econômicos. Por isso eu acho que nós temos linhas de argumento que são bastante fortes.”

Já o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino, não tem dúvidas de que o impeachment da Presidenta Dilma será aprovado no Plenário. "Quem tem votos, vota. Quem não tem, grita. O governo não tem mais votos para barrar o impeachment".

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Vaza áudio de Temer falando como se impeachment já tivesse sido aprovado pela Câmara
Mesmo sendo oposição ao governo Dilma, especialmente por discordar da política econômica, o deputado Aliel Machado (Rede-PR) ressalta ser contra o processo do impeachment presidencial.  “Eu acho que o governo teve muitos erros, erros gravíssimos. Portanto, eu faço uma oposição ao governo. Mas ser oposição ao governo não é ser oposição ao país. O processo de impeachment está contaminado pelo senhor Eduardo Cunha (Presidente da Câmara), que é quem coordena esse processo. Ele é réu no Supremo Tribunal Federal. É acusado de receber propinas, de receber dinheiro de desvio de obras públicas. E isso é um grande absurdo. Sem contar que o processo de impeachment sem a base legal no processo, ele acaba se tornando ilegal. Porque não tem todos os argumentos para que se considere um crime de responsabilidade fiscal.”

Na corrida entre oposição e governistas para participar da votação prevista para domingo(17) deputados também estão deixando ministérios e secretarias estaduais para reassumir seus mandatos. A oposição deu início até a um bolão, com apostas que custam R$100, referente ao placar de votos de domingo. A ideia dos deputados do Solidariedade, Paulinho da Força(SP) e Carlos Manato (ES), é premiar quem acertar integralmente o resultado. Se ninguém acertar, o dinheiro vai ser doado para caridade, explicou o deputado Manato.

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