Em um discurso virtual ao Conselho de Segurança da ONU na terça-feira (26), Mills afirmou que Washington vai insistir que Israel e os palestinos "evitem [dar] passos unilaterais, o que tornaria a solução de dois Estados mais difícil, bem como anexação territorial, atividade de assentamento, demolição, incitação à violência e garantia de indenizações para indivíduos detidos por atos de terrorismo".
O embaixador adicionou que a Casa Branca espera "ser possível começar a trabalhar para lentamente desenvolver competência em ambos os lados a fim de criar um ambiente no qual poderíamos mais uma vez ajudar a alcançar a solução" de dois Estados.
Ao mesmo tempo, o diplomata esclareceu que Washington não considera estes passos "um favor para Autoridade Palestina", ressaltando que "a assistência dos EUA beneficia os milhões de palestinos comuns e ajuda a preservar o ambiente estável favorável tanto para palestinos como para israelenses".
Mills prometeu que a administração Biden seguirá induzindo outros países a normalizarem laços com Israel, mesmo não sendo isso uma "substituição da paz" entre Israel e a Palestina.
Além do mais, o embaixador assinalou o apoio norte-americano à Palestina, destacando que a administração Biden planeja reabrir a missão diplomática palestina em Washington, anteriormente fechada por Donald Trump.
O discurso foi pronunciado após a secretária de Imprensa da Casa Branca Jen Psaki declarar na terça-feira (26) aos jornalistas que Biden acredita "que a solução de dois Estados permanece sendo o único caminho para" paz entre Israel e a Palestina, citada pela Reuters.
Solução de 2 Estados
A solução de dois Estados é um projeto que prevê a criação do Estado da Palestina que cooperará pacificamente com o existente Estado judeu, na tentativa de dar um basta ao conflito israelo-palestino e servir de alicerce para paz duradoura no Oriente Médio.

Durante anos, os palestinos têm almejado o reconhecimento diplomático para a criação de um Estado palestino nos territórios da Cisjordânia, abrangendo até mesmo Jerusalém Oriental.
Os governos israelense, norte-americano, francês, britânico, alemão e outros se opõem até então a reconhecer a Autoridade Palestina como uma independente unidade política e diplomática, o que abre as portas para o contínuo da construção de assentamentos israelenses em áreas contestadas por palestinos.
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