O continente africano luta para garantir imunizantes suficientes para todos os 1,3 bilhão de africanos. Ramaphosa, que preside a União Africana e cuja nação registrou quase metade das mortes por COVID-19 no continente, disse que o mundo precisa daqueles que acumularam as doses para que todos sejam vacinados.
"Os países ricos do mundo saíram e adquiriram muitas doses. Alguns chegam a adquirir até quatro vezes o que sua população precisa, [...] com a exclusão de outros países", disse Ramaphosa, em reunião virtual do Fórum Econômico de Davos.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu o acesso desigual às vacinas no mundo como uma "falha moral catastrófica".
Neste mês, a União Africana garantiu 270 milhões de vacinas para o continente, que se somam às 600 milhões de doses do consórcio COVAX reservadas para os países da África.
"Não estaremos todos seguros se alguns países estiverem vacinando seu povo e outros não", acrescentou Ramaphosa.

Também nesta terça-feira (26), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, subiu o tom contra as empresas produtoras de vacinas, pressionando-as a "honrar suas obrigações" e entregar as vacinas que a União Europeia já comprou.
Von der Leyen chegou a ameaçar barrar as exportações para outros países enquanto a Europa não for atendida.
"A Europa investiu bilhões para desenvolver as primeiras vacinas e criar um verdadeiro bem comum global. Agora as empresas devem cumprir suas promessas", disse a presidente da Comissão Europeia em vídeo, no Fórum Econômico de Davos.
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