Surgem novos detalhes sobre o assassinato do cientista nuclear iraniano

© REUTERS / Agência de notícias WANA / HandoutCientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi à direita
Cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi à direita - Sputnik Brasil
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A agência iraniana Fars e o jornal The New York Times publicaram duas versões sobre a morte do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi na manhã de sexta-feira (27).

A agência iraniana Press TV informou na segunda-feira (30) citando "uma fonte informada" que a arma utilizada no assassinato do cientista tinha marca e especificações da indústria militar israelense, provando que a mesma foi fabricada em Israel.

Versões do acontecido

Os tiros que mataram Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, físico nuclear e chefe da Organização de Pesquisa em Inovação do Ministério da Defesa do Irã, originam de uma arma montada em um veículo, no qual não havia pessoas e que explodiu logo após o ataque, informou a agência de notícias iraniana Fars.

Segundo o relato da Fars, na manhã de sexta-feira (27), o cientista iraniano estava dirigindo seu carro blindado com sua esposa ao lado, ao mesmo tempo que era acompanhado por um comboio de outros veículos blindados.

Em um certo momento, a escolta foi à frente de Fakhrizadeh para verificar a área para a qual o grupo estava se dirigindo.

De repente, houve um tiro que fez com que o cientista parasse na beira da estrada, pois ele achou que estava acontecendo algum tipo de pane no carro. Outros tiros se seguiram de uma metralhadora controlada a distância, que estava montada em um carro Nissan estacionado a cerca de 150 metros de distância. Uma das balas teria atingido as costas do físico nuclear, e alguns minutos depois o carro com a arma explodiu.

"Todo o incidente durou três minutos, pois nenhum assassino estava presente no local, e os tiros foram disparados apenas com armas automatizadas", afirma a Fars.

O proprietário do veículo que transportava a arma, de acordo com os dados, não reside no Irã há um mês.

O jornal The New York Times publicou uma versão diferente do evento, embora citasse a mídia iraniana.

Segundo o jornal, o Nissan abandonado estacionou em uma rotatória, detonou e derrubou uma linha elétrica. Em seguida, apareceu um grupo de 12 homens armados, alguns em motocicletas e outros em carros estacionados nas proximidades, os quais abriram fogo em seguida. De acordo com o diário, Javad Mogouyi, que trabalha para o Corpo Revolucionário da Guarda Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês) é citado no caso.

Pelo menos três tiros atingiram o especialista nuclear iraniano, e os 12 assassinos escaparam ilesos, disse a fonte.

Fim do especialista nuclear

A mídia estatal iraniana relatou uma procissão fúnebre para Fakhrizadeh. Seu caixão é movimentado entre várias mesquitas em todo o país, e é esperado que o cientista seja enterrado na mesquita do Imã Khomeini, no Teerã, nesta segunda-feira (30).

Fakhrizadeh foi professor de física na Universidade Imã Hussein no Teerã, Irã, e chefe da Organização de Pesquisa e Inovação em Defesa do Ministério da Defesa do país. Além de ser um dos cientistas mais influentes e de alto escalão no Irã, ele estava entre as cinco personalidades iranianas na lista das 500 pessoas mais poderosas do mundo, elaborada em 2013 pela revista norte-americana Foreign Policy.

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