Moscou duvida que EUA cumpram promessa de retirar tropas da Síria, diz vice-chanceler

© AP Photo / Hussein MallaMilitares dos EUA na Síria
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A Rússia duvida que EUA cumpram promessa de retirar tropas da Síria, declarou o vice-ministro do Ministério das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, que acredita que eles vão pelo menos adiar saída.

"Posso dizer que a questão não é quem, a quem, quando, sobre o que e quanto foi avisado. Mas a questão é será ou não cumprida a decisão [de saída]. Tenho sérias dúvidas a esse respeito”, afirmou ele em entrevista à Sputnik, comentando a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a retirada das tropas estadunidenses da Síria.

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Segundo Ryabkov, ele muitas vezes se convenceu que Washington, de vez em quando, formula intenções de grande alcance, muito sérias, que posteriormente, não são cumpridas.

"Para mim, levando em conta todas as circunstâncias, o cumprimento da decisão [dos EUA de retirar tropas da Síria], pelo menos será adiado. Pelo menos. Porque em meio aos sucessos reais atingidos pelas Forças Armadas da República Árabe da Síria com o apoio da Força Aeroespacial da Rússia em solo, em meio ao progresso que os países garantidores – nós [a Rússia] com o Irã e a Turquia – promoveram através do processo de Astana e de Sochi, em meio a tudo isso, dar um basta à presença militar ilegal, que foi realizada no território do Estado soberano sem autorização do Conselho da Segurança da ONU e sem o convite, violando as normas da lei internacional, contradiz a logica norte-americana", explicou o diplomata.

Ao mesmo templo, o diplomata sublinhou mais uma vez que "julgar e dar avaliação, especialmente em direção aos EUA, nós podemos e devemos somente por ações concretas, ou seja, é preciso ver como isso [a retirada das tropas] será realizado".

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Ryabkov declarou que os adversários da decisão de Donald Trump sobre retirada das tropas nos EUA vão tentar travar esse processo.

Quanto à troca de informações sobre a situação na Síria entre os EUA e a Rússia, o diplomata acredita que o diálogo vai continuar.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na quarta-feira (19) vitória sobre o Daesh na Síria, observando que esta era a única razão da permanência das tropas norte-americanas no país árabe. Mais tarde, Sarah Sanders, secretária de imprensa da Casa Branca, informou que os EUA iniciaram a retirada das tropas da Síria, mas a vitória sobre o Daesh não significa o fim da coalizão. Como um sinal de protesto, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, renunciou à chefia do Pentágono. Além disso, a decisão de Trump foi criticada por vários políticos ocidentais e aliados dos EUA na coalizão.

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