Política dos EUA no Oriente Médio falhou, afirma embaixador da Síria

© REUTERS / Rodi SaidAs forças dos EUA na sede da Unidade de Proteção do Povo Curdo (YPG) perto de Malikiya, na Síria, em 25 de abril de 2017.
As forças dos EUA na sede da Unidade de Proteção do Povo Curdo (YPG) perto de Malikiya, na Síria, em 25 de abril de 2017. - Sputnik Brasil
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O presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu retirar as tropas da Síria, porque a política dos EUA no Oriente Médio falhou, declarou à Sputnik o embaixador sírio na Índia, Riad Abbas.

"Os projetos dos EUA no Oriente Médio fracassaram e eles não podem mais seguir essa política […] Nosso exército derrotou o Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países] no solo sírio e não há razões para a permanência das tropas norte-americanas na Síria", disse Abbas.

O embaixador enfatizou que foram as forças do governo sírio que eliminaram o Daesh, afirmando que Washington estava tentando se firmar na Síria usando o grupo terrorista. Além disso, ele observou que os agrupamentos do Daesh são as "consequências dos EUA".

"Eles podem falar o que quiserem. Mas o fato é que o Daesh faz parte da organização terrorista Al-Qaeda, proibida na Rússia e criada pela Agência Central de Inteligência dos EUA [CIA]. O Daesh é a mão norte-americana na Síria e nós o derrotamos", ressaltou Abbas, acrescentando que, em sua opinião, as tropas francesas, posicionadas na Síria e que fazem parte da coalizão liderada pelos EUA para combater o Daesh, também serão retiradas em breve. 

Segundo o embaixador, uma das razões da saída dos EUA da Síria é o desejo de manter boas relações com Israel e a Turquia. Enquanto permaneciam na Síria, os norte-americanos apoiavam formações curdas opositoras ao governo turco.  

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Abbas elogiou as "relações cordiais" entre a Rússia e a Síria, salientando que os dois países estão "na mesma onda" em muitos assuntos internacionais e juntos terão que fazer "grandes negócios".

"As tropas russas vieram à nossa terra a pedido do nosso governo. Estas são as tropas que estão legalmente na Síria […] seu papel no nosso país é muito importante", disse o embaixador, realçando a contribuição da Rússia, de outros membros do BRICS e do Irã na reconstrução da Síria. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na quarta-feira (19) sua vitória sobre o Daesh na Síria, observando que esta era a única razão da permanência das tropas norte-americanas na Síria. Mais tarde, Sarah Sanders, secretária de imprensa da Casa Branca, informou que os EUA iniciaram a retirada das tropas da Síria, mas a vitória sobre o Daesh não significa o fim da coalizão. Como um sinal de protesto, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, renunciou à chefia do Pentágono. Além disso, a decisão de Trump foi criticada por vários políticos ocidentais e aliados dos EUA na coalizão.

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