Após seu primeiro teste nuclear em 1964, o arsenal atômico chinês possui hoje 290 artefatos. Embora o número pareça grande, ele é um pouco menor que o da França ou o do Reino Unido.
A razão disto seria a visão que os líderes chineses tradicionalmente tiveram sobre o seu poderio militar, conforme publicou a revista britânica The Economist.
Desta forma, Pequim considerou por muitos anos que suas armas nucleares seriam o suficiente para dar conta de um ataque de retaliação. A princípio, como informou a mídia, nunca os chineses levaram em consideração atacar primeiro.
Tal visão seria baseada na crença de Mao Tsé-Tung que em caso de guerra nuclear milhões de chineses ainda sobreviveriam, dando a oportunidade ao gigante asiático de contra-atacar.
Mudança de visão
No entanto, conforme explanou a revista britânica, a percepção que os chineses têm tido sobre o poder nuclear tem mudado. A razão disto estaria na saída dos Estados Unidos do tratado sobre Mísseis Antibalísticos (ABM, na sigla em inglês) em 2002.
Além disso, as administrações Obama e Trump continuaram a investir intensivamente em programas de defesa antimíssil, o que tornaria os EUA menos vulneráveis a um ataque nuclear e poderia diminuir o poder de retaliação da China em caso de conflito.
Entretanto, o desenvolvimento de mísseis cada vez mais sofisticados por outros países seria um incentivo para Pequim modernizar seu arsenal nuclear.
Modernização
Para contextualizar seu poderio nuclear, a China tem aumentado sua produção de armas atômicas, assim como criado novas tecnologias no setor.
"[A China] dobrou seu arsenal nuclear na última década. Eles estão se esforçando para dobrar [seu arsenal] de novo até o final desta década", declarou à revista o diretor de inteligência do Comando Estratégico da América, contra-almirante Michael Brooke.
Além disso, como demonstrado na celebração do 70º aniversário da República Popular da China em Pequim em 1º de outubro, o país tem logrado aprimorar seu poder de dissuasão.
Durante o desfile militar, a estrela foi o míssil intercontinental DF-41, capaz de atingir qualquer parte do território americano.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)