O referendo sobre a reforma constitucional, redigida pela ministra para Relações com o Parlamento, Maria Elena Boschi, e apoiada pelo primeiro-ministro Matteo Renzi, está fortemente dividida, num contexto de estancamento da economia e com o sistema bancário quase entrando em colapso.
Os italianos que comparecerem às urnas neste domingo devem responder "sim" ou "não" para a seguinte pergunta:
"Aprova o texto da lei constitucional concernente a 'disposições para a superação do bicameralismo paritário, a redução do número de parlamentares, a contenção dos custos de funcionamento das instituições, a supressão do Cnel e a revisão do Título V da Constituição' aprovado pelo Parlamento e publicado no diário oficial número 88 do dia 15 de abril de 2016?".
Um dos pontos principais da proposta consiste na redução de atribuições do Senado, que passaria a ser mais um órgão consultivo do que legislativo. E, nesse sentido, não seria mais eleito diretamente pelo povo.
O resultado pode alterar diretamente o cenário político italiano, visto que o primeiro-ministro Matteo Renzi inicialmente chegou a vincular a sua permanência no cargo à vitória do "sim" no referendo, podendo renunciar se a reforma constitucional não for aprovada. O receio do setor financeiro é que a renúncia de Renzi pode provocar uma grande instabilidade nos mercados e contagiar a crise para a Zona do Euro.
Críticos da reforma argumentam que a proposta pode colocar muito poder nas mãos do chefe de governo, considerando a reforma um retrocesso democrático.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)