China tem novo parceiro frente à pressão dos EUA

© AFP 2023 / STRCidade de Sansha na ilha de Yongxing, também conhecida como ilha de Woody, no Mar do Sul da China
Cidade de Sansha na ilha de Yongxing, também conhecida como ilha de Woody, no Mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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Cabul apoiou Pequim em torno da questão do mar do Sul da China, informou a agência Associated Press, comentando a visita do atual premiê afegão Abdullah Abdullah à China.

Assim, mais um país fora da região apoiou os apelos da China para resolver o problema por via de negociações bilaterais, informou a agência.

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Cabe mencionar que, em 12 de maio em Doha, os chefes de chancelarias de mais de 20 países do Oriente Médio, na reunião de ministros do Fórum de Cooperação China – Países Árabes também apoiaram os esforços chineses de soluções de disputas territoriais e marítimas por via do diálogo e negociações. Na altura, esta postura foi inscrita na declaração final de Doha e vários observadores a avaliaram como inesperada, tendo em conta a forte influência dos EUA no Oriente Médio.

O Afeganistão, bem como países do Oriente árabe, apresentou pela primeira vez a tão alto nível a sua posição sobre a situação em torno da questão do mar do Sul da China. Nesta relação a mídia iraniana reagiu imediatamente.

Segundo tudo leva a crer, para a diplomacia chinesa, a busca e formação de um amplo consenso de apoio à sua posição sobre este problema é agora um tema fulcral, além de uma espécie de resposta à criação por parte dos EUA de uma aliança contra a China devido a estas disputas marítimas.

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Abdullah Abdullah chegou a Pequim para buscar ajuda e os parceiros chineses conseguiram corresponder às esperanças de Cabul – atribuíram 550 milhões de yuans (quase 85 milhões de dólares), 500 dos quais em ajuda técnica e 50 – humanitária.

Entre os documentos assinados em 17 de maio em Pequim está também o memorando de compreensão mútua da Iniciativa Cinturão e Rota.

O especialista da Universidade de Pequim do Centro de Estudos de Estratégia Internacional Zhu Feng comentou a iniciativa à Sputnik:

“O Afeganistão é vizinho da China. A realização do projeto Cinturão e Rota pode fortalecer o componente de infraestrutura de transporte e comunicação entre os dois países, por isso o Afeganistão não deve ser excluído do projeto”.

Mesmo assim, o especialista notou que os problemas internos afegãos ligados com a segurança e a política podem minar a realização do projeto.

“Se a situação na economia afegã não melhorar, também será difícil alcançar a estabilidade política”, sublinhou.

De acordo com ele, o Afeganistão mostra a sua posição na esperança de a China o apoiar na restauração política e econômica.

Além do Afeganistão, a China é apoiada na disputa territorial relativamente ao mar do Sul da China pelo Paquistão, Irã e países do Fórum de Cooperação China – Países Árabes.

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18 de maio marcará o último dia da visita de Abdullah Abdullah à China, durante a qual ele deverá se deslocar à cidade de Urumqi, localizada na região autônoma de Xinjiang. Os visitantes estrangeiros raramente são convidados para o local e a ida ao líder afegão deve servir de sinal para o Afeganistão e o resto do mundo de que os esforços da China para eliminar os ataques de separatistas e terroristas de Xinjiang já dão os seus frutos.

Vários países, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, estão em desacordo sobre as fronteiras marítimas e as zonas de influência no mar do Sul da China e mar da China Oriental. A China afirma que alguns destes países, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitando o apoio dos EUA, escalam a tensão na região. Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram unilateralmente as reclamações da China relativamente a uma série de territórios no mar da China do Sul no Tribunal Internacional de Direito do Mar, mas Pequim se recusou oficialmente a abordar essas questões no âmbito jurídico internacional.

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