Militares russos e americanos definirão juntos os territórios sem combates na Síria

© Sputnik / Grigoriy Sysoev / Acessar o banco de imagensSoldier of the 4th Brigade Air Defense (NORAD) air and space defense forces (ASD) in the combat control room
Soldier of the 4th Brigade Air Defense (NORAD) air and space defense forces (ASD) in the combat control room - Sputnik Brasil
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A Rússia e os EUA alcançaram um acordo sobre o cessar-fogo na Síria. A trégua deve entrar em vigor em 27 de fevereiro, mas não abrangerá o Daesh, Frente al-Nusra e outros grupos terroristas.

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Os militares russos e americanos em conjunto definirão nos mapas os territórios onde atuam os grupos rivais e contra eles não serão realizadas hostilidades, disse o representante especial do presidente da Federação da Rússia para Oriente Médio e África e vice-ministro do Exterior, Mikhail Bogdanov.

“Até o meio-dia [horário local] de 26 de fevereiro todos os lados que lutam na Síria devem confirmar a nós e aos parceiros americanos o seu apego ao cessar-fogo. Os militares russos e americanos, em conjunto, marcarão nos mapas os territórios onde atuam os grupos semelhantes. Contra eles não serão efetuadas as operações de combate das Forças Armadas da Síria, Força Aeroespacial da Rússia e coalizão dos EUA”, disse o diplomata na quarta-feira (25) na conferência “Oriente Médio: Da Violência à Segurança” no quadro do clube de discussão Valdai.

Na segunda-feira (22) foi publicado uma declaração conjunta dos EUA e Rússia sobre a Síria segundo a qual a trégua entre as forças governamentais da Síria e grupos armados da oposição deve entrar em vigor a partir de 27 de fevereiro. Porém, a dita trégua não será aplicada às organizações Daesh, Frente al-Nusra (ambas proibidas na Rússia) e outras formações reconhecidas como terroristas pela ONU.

Esta é mais uma tentativa de pôr fim à guerra civil no país, iniciada em março de 2011 e que resultou em mais de 4 de milhões de pessoas refugiadas e desalojadas, além de um número de mortos que, para organismos como a ONU, atinge 250 mil. No quadro deste conflito sangrento o governo do país luta contra facções de oposição e contra grupos islamistas radicais como o Daesh (também conhecido como “Estado Islâmico”) e a Frente al-Nusra. 

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Um processo pacífico está também em curso entre os grupos de oposição e representantes do governo. Amanhã (26 de fevereiro), o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, irá anunciar a data da renovação da série de negociações Genebra 3. Desta vez, as negociações terão lugar em outra cidade da Suíça, Montreux.

O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecida como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista da tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.

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