Deputado francês: é totalmente lógico que a Crimeia seja da Rússia

© Sputnik / Vasily Batanov / Acessar o banco de imagensCidade de Sevastopol na Crimeia
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Se a UE se recusa a levantar as sanções impostas à Rússia, a França deve fazê-lo de forma independente, declarou em entrevista ao canal RT o deputado da Assembleia Nacional da França pelo partido Republicanos, Jacques Miyar, que na semana passada visitou a península como membro de uma delegação francesa.

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"As sanções são um erro. Devem ser canceladas tão logo que possível, já que impedem a busca por soluções diplomáticas e não beneficiam os nossos interesses políticos, econômicos, diplomáticos, culturais e geoestratégicos" – disse Miyar.

Na sua opinião, a política de sanções da UE é um suicídio para a França. "Se a UE se recusa a levantar as sanções, a França deve sair da armadilha dos extremistas europeus, assumir a responsabilidade e agir unilateralmente, revogando as sanções" – assegurou.

Miyar expressou a certeza de que as sanções criam um clima de tensão em relação a todos os países envolvidos na política de sanções – tensão esta que deve ser evitada, já que a Rússia é um parceiro insubstituível da Europa.

"É preciso que as sanções introduzidas pelos europeus e norte-americanos contra a Rússia, assim como as aplicadas pela Rússia à França, sejam canceladas, é preciso aliviar as tensões. Essas sanções são estúpidas. Eu sei o que estou dizendo, elas [sanções] criam tensão onde esta não deveria existir. Rússia é um parceiro-chave para apoiar a estabilidade na Europa, um parceiro geoestratégico" – declarou o deputado.

Na opinião de Miyar, não existe qualquer crise internacional relacionada à integração da Crimeia à Rússia.

"É preciso cancelar as sanções. Está na hora de declarar que não existe qualquer crise internacional por causa da Crimeia, já é tempo de dizer que a Crimeia é parte da Rússia. Afinal, nós queremos que a França enxergue a situação real, e que ela deixe de fazer parte da política de sanções, que leva a lugar algum" – disse o deputado.

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Miyar também comentou a recente declaração do ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, perante a Comissão para Assuntos Externos da Assembleia Nacional, em que avaliou de forma negativa a ideia da visita dos deputados franceses à Crimeia.

"Creio que, infelizmente, o senhor Fabius segue a posição dos "ultra-europeus", e eu tenho a certeza de que ele sabe muito bem que nós estamos num beco sem saída. Portanto, ele não consegue suportar o fato de existirem deputados que dizem "não". Mas o melhor de tudo é que nós continuarem dizendo "não"… É sabido que a política externa da França tem dois erros – utopia e negação da realidade" – explicou.

Falando sobre a sua visita à Crimeia, o deputado disse que o clima na península é calmo. Ele destacou que a região possui três idiomas  oficiais e que a questão das línguas é muito importante, já que foi uma das causa da crise ucraniana.

"Portanto, a Crimeia encontrou o seu caminho. E nós devemos normalizar esta questão. Repito que a situação na Crimeia não representa uma crise internacional; é totalmente lógico que a Crimeia seja russa" – disse Miyar.

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A delegação francesa, liderada pelo deputado Thierry Mariani chegou à Crimeia na quarta-feira, 22. Na penísula, o grupo visitou as cidades de Simferopol, Yalta e Sevastopol, terminando a visita no sábado, 25, em Moscou. O ministro das Relações exteriores da França, Laurent Fabius, criticou duramente a visita à península “anexada pela Rússia”, e até chegou a qualificá-la de “violação” do direito internacional.

A Crimeia e a cidade de Sebastopol adotaram declarações de independência em 11 de março de 2014. Cinco dias depois, realizaram um referendo no qual 96,77% dos habitantes da Crimeia e 95,6% dos eleitores de Sebastopol escolheram se separar da Ucrânia e se juntar à Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, assinou os acordos de reunificação em 18 de março do mesmo ano.

O ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou em diversas ocasiões que os habitantes da Crimeia escolheram o seu destino através de um pleito democrático realizado em conformidade com todas as normas do direito internacional e a Carta das Nações Unidas.

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