Conselho Europeu: "Parceria Oriental" não significa caminho automático para UE

O chefe do Conselho Europeu, Donald Tusk, declarou nesta sexta-feira, 22, que ninguém deu garantias aos países da cúpula “Parceria Oriental” de que eles teria uma entrada automática na União Europeia.

A “Parceria Oriental” é um projeto da União Europeia para o fomento da cooperação com repúblicas europeias e caucasianas pós-soviéticas. Três dos seis países-participantes, Ucrânia, Moldávia e Geórgia assinaram, em 2014, um acordo de associação com a UE. De acordo com o serviço de imprensa do Conselho Europeu, na cúpula vão participar os líderes dos 28 países da UE e os representantes dos seis Estados do programa da parceria.

“Nós mantemos o curso. Mas ninguém prometeu que a ‘Parceria Oriental’ seria um caminho automático para se tornar membro da União Europeia. Isso é um longo processo, que possui aliados e rivais, entusiastas e céticos. Isso é normal”, disse Tusk, ao responder aos jornalistas sobre a ausência de palavras sobre a “perspectiva europeia” de países-membros na declaração final da cúpula. 

Segundo o chefe do Conselho Europeu, as decisões da União Europeia não podem atender a todas as expectativas dos países parceiros. “Vocês podem entender a diferença entre as nossas promessas e expectativas dos nossos parceiros”, acrescentou Tusk. 

A reunião de cúpula “Parceria Oriental” foi realizada nos dias 21 e 22 de maio, em Riga.  Segundo a declaração final da cimeira, o próximo encontro será realizado em 2017, e vai avaliar os resultados alcançados nos últimos tempos, estabelecendo a direção para o futuro no âmbito da ‘parceria’.