Nord Stream 2: forçar posição agressiva da Alemanha contra Rússia contradiz a ideia de soberania

© Sputnik / Ilia PitalevCapacete de trabalhador do projeto Nord Stream 2, em pátio na região de Leningrado. O gasoduto deve sair da costa russa em direção à Alemanha
Capacete de trabalhador do projeto Nord Stream 2, em pátio na região de Leningrado. O gasoduto deve sair da costa russa em direção à Alemanha - Sputnik Brasil, 1920, 22.07.2021
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Forçar a Alemanha a assumir uma posição agressiva contra a Rússia com relação ao acordo sobre o Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) com os EUA contradiz a ideia de soberania, afirmou o chefe da Comissão da Economia e Energia do Bundestag (parlamento alemão), Klaus Ernst.

"O fato de a Alemanha, como compromisso recíproco [em referência ao acordo do Nord Stream 2], dever assumir uma postura agressiva contra a Rússia em resposta, contradiz a ideia de soberania da Alemanha e da Europa. As restrições extraterritoriais violam e vão violar o direito internacional. A rejeição delas deve ser óbvia", afirmou.

Klaus Ernst também ressaltou que no passado foram os EUA que demonstraram a utilização da "energia como arma", e este ponto no acordo relativo ao Nord Stream 2 desperta uma avaliação crítica.

Anteriormente, a Rússia rebateu as acusações relacionadas ao uso dos recursos energéticos como arma de pressão política.

"Eu tenho uma relação crítica quanto à suposição de que a Rússia quer usar a 'energia como arma'. Este comportamento foi demonstrado anteriormente pelos EUA, e não pela Rússia. Para concluir, não se deve esquecer que a disputa sobre o gás entre a Rússia e a Ucrânia foi causada inclusive por a Ucrânia ter consumido gás e não ter pago a conta. O cumprimento de um contrato depende sempre das duas partes. O apoio unilateral à Ucrânia não corrsponde aos interesses da Alemanha. A Ucrânia também precisa ser lembrada sobre o cumprimento dos acordos", declarou Klaus Ernst.

Anteriormente, Alemanha e EUA publicaram uma declaração conjunta, na qual se referem às medidas de apoio à Ucrânia, à segurança energética da Europa e aos objetivos comuns para a proteção climática.

As duas partes concordam que os EUA e a União Europeia devem garantir que o gasoduto não seja usado para pressionar a Ucrânia e que Kiev continue a ter acesso ao trânsito de gás. A Rússia tem afirmado sistematicamente que o projeto é puramente econômico e instou outros a pararem de politizar a questão.

O Nord Stream 2, projeto liderado pela Rússia, está quase concluído e tem como objetivo transportar gás natural da Rússia diretamente para a Alemanha. Washington impôs várias rodadas de sanções a empresas envolvidas no projeto. Berlim, no entanto, continua apoiando a construção do gasoduto e condenou as tentativas de Washington de interromper sua construção.

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