Mídia tcheca afirma que suspeitos de caso em Salisbury espionaram Skripal no país em 2014

© Foto / RT / Acessar o banco de imagensEntrevista de Ruslan Boshirov e Aleksandr Petrov ao canal de TV russo RT
Entrevista de Ruslan Boshirov e Aleksandr Petrov ao canal de TV russo RT - Sputnik Brasil
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O portal Cesky Rozhlas reportou nesta quarta-feira, citando fontes checas, que os cidadãos russos Aleksandr Petrov e Ruslan Boshirov, acusados por Londres de envenenar o ex-oficial Sergei Skripal e sua filha Yulia em Salisbury, visitaram a República Tcheca em outubro de 2014 durante uma visita do próprio Skripal.

Segundo a emissora, parece que "os russos tinham um grupo especial" e seguiram Skripal bem antes de "tentar matá-lo".

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As fontes citadas pela emissora disseram que Skripal visitou a República Tcheca para ajudar a inteligência local com a descoberta de possíveis espiões russos no país. As fontes estão convencidas de que Boshirov e Petrov já rastrearam Skripal na época, afirmou a publicação.

De acordo com a publicação, Petrov morou em um hotel na cidade de Ostrava, no nordeste do país, de 13 a 16 de outubro de 2014, e depois mudou-se para Praga, enquanto Boshirov visitou Praga em 11 de outubro de 2014.

A emissora acrescentou que a presença dos dois cidadãos russos na República Tcheca foi investigada tanto pela inteligência local quanto pela Direção Nacional de Combate ao Crime Organizado (NCOZ). No entanto, devido ao fato de que o caso Skripal está sendo investigado em toda a Europa, ninguém na República Tcheca comentou essas informações, incluindo o Serviço de Informação de Segurança Tcheco (BIS) e o NCOZ, disse o veículo de mídia.

A Embaixada da Rússia em Praga disse à publicação que as questões sobre a passagem da fronteira da República Checa por cidadãos de outros estados são da competência das autoridades checas relevantes.

No início de setembro, promotores do Reino Unido acusaram Petrov e Boshirov da tentativa de assassinato do Skripals e do policial britânico Nick Bailey, na cidade britânica de Salisbury em março. A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, expressou a crença de que os suspeitos trabalhavam para a Diretoria Principal do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas (anteriormente conhecida como GRU), embora não tenha apresentado provas.

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No mesmo mês, a Bellingcat alegou que poderia "confirmar definitivamente" que Petrov e Boshirov são oficiais ativos da GRU. Tal suposição foi explicada pelo fato de que seus passaportes internos sob esses nomes foram emitidos em 2009, embora não existam registros supostamente para esses indivíduos antes deste ano. Mais tarde naquele mês, o grupo em cooperação com o veículo The Insider Russia afirmou que eles haviam identificado Boshirov como o coronel de inteligência militar russo Anatoliy Chepiga.

O vice-ministro do Interior russo, Igor Zubov, disse que "a Diretoria do Serviço Federal de Migração não tem departamentos subordinados ao GRU ou a outra pessoa". Ele acrescentou que era impossível entender se uma pessoa trabalha no GRU apenas observando o banco de dados do serviço de migração. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também criticou os materiais divulgados pela Bellingcat.

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