O plano tem como objetivo restaurar laços com as frentes comuns sobre várias questões desde regulamentação digital ao combate à pandemia de COVID-19.
Durante a presidência de Donald Trump, as relações entre Washington e Bruxelas têm sido bastante tensas. UE e a maioria dos países do bloco já felicitaram o presidente eleito Joe Biden.
Uma das frustrações mais agudas de Bruxelas com os EUA durante a presidência de Trump tem sido a relutância da administração norte-americana em dar à China uma resposta coordenada conjunta, em vez disso Washington decidiu adotar medidas comerciais unilaterais não só contra Pequim, mas também contra a UE.
"Sendo sociedades democráticas e economias de mercado, a UE e os EUA concordam com o desafio estratégico apresentado pela crescente assertividade internacional da China, mesmo que nem sempre estejamos de acordo quanto à melhor forma de abordar esta questão", segundo escreve o jornal Financial Times, mencionando um esboço do projeto.
O plano, que será submetido para a aprovação pelos líderes nacionais da UE em uma reunião marcada para os dias 10 e 11 de dezembro, propõe o lançamento de uma nova pauta transatlântica em uma cúpula que deverá ser realizada nos primeiros seis meses de 2021.
Em meados de outubro, a Organização Mundial do Comércio (OMC) deu formalmente luz verde aos EUA para impor tarifas sobre as importações da UE por um valor anual de US$ 7,5 bilhões (R$ 40 bilhões na cotação atual) como medida punitiva pela ajuda pública recebida pelo consórcio aeroespacial europeu Airbus.
As sanções dos EUA envolvem tarifas de 25% sobre vários produtos industriais e agrícolas, como uísque escocês, vinho francês, queijo italiano, azeitonas, camisolas, lã ou caxemira. Além disso, se aplicarão tarifas de 10% aos grandes aviões civis.