O relatório, intitulado Soldados Ciborgue 2050: Fusão entre Humanos e Máquinas e suas Implicações para o Futuro da Defesa, aponta que "o principal objetivo deste trabalho é determinar o potencial de dispositivos fisicamente integrados no corpo humano para aumentar e melhorar o desempenho dos seres humanos nos próximos 30 anos".
Os pesquisadores do Pentágono focaram sua atenção em quatro prováveis áreas: supervisão, audição melhorada, músculos reforçados e "reforço neural direto do cérebro humano para transferência bidirecional de dados".
De acordo com o relatório, a visão melhorada permitiria aos soldados ver através do campo de batalha em distâncias diferentes e identificar alvos em "em meio urbano denso ou em megacidades subterrâneas que dificultam a identificação e rastreamento de alvos". Os pesquisadores destacaram que a operação nos olhos é um grande risco e, como a maioria dos aperfeiçoamentos, só pode ocorrer quando o soldado é ferido.
Outra melhoria destacada no estudo é o controle opto-genético do sistema musculoesquelético. "O seu uso mais provável seria na restauração de capacidade perdidas devido a lesões de músculos ou nervos". As lesões no sistema musculoesquelético são a segunda maior causa da perda de tempo de serviço nas Forças Armadas dos EUA.
A fim de melhorar a capacidade dos músculos dos soldados, o Pentágono reforçaria o tecido lesionado com uma "rede de sensores subcutâneos que proporcionariam a estimulação opto-genética através de pulsos de luz programados", afirmam os pesquisadores.
A "joia da coroa" do aprimoramento cibernético é ligação direta entre o cérebro humano e as máquinas. A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) tem estado trabalhando no desenvolvimento desta tecnologia há anos. A agência já testou com sucesso "chips de memória protéticos". O estudo sugere a existência de um futuro onde os seres humanos com implantes neurais estão ligados a uma matriz que lhes permite controlar as máquinas, tendo máquinas a controlar humanos e para se controlarem mutuamente.
"O aperfeiçoamento não implica o simples controle do equipamento pelo usuário (de cérebro para a máquina), mas também a transmissão ao operador (da máquina para o cérebro), ou entre os humanos (dinâmica de comando e controle), para melhorar o conhecimento da situação. Isso aconteceria ao mesmo tempo que a informação computacional, analítica e humana de um drone é transmitida ao operador", concluem autores do estudo.
Anteriormente o fundador da empresa espacial SpaceX, o empreendedor Elon Musk, disse que a inteligência artificial pode ser mais perigosa do que as armas nucleares. Segundo ele, é muito provável que a IA saia do controle dos humanos e decida se livrar deles.
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