China quer compartilhar rochas lunares, mas restrições dos EUA impedem que norte-americanos recebam

© REUTERS / CNSABandeira da China é vista a partir da espaçonave Chang'e-5 na Lua, em 4 de dezembro de 2020
Bandeira da China é vista a partir da espaçonave Chang'e-5 na Lua, em 4 de dezembro de 2020 - Sputnik Brasil
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A agência espacial da China anunciou nesta quinta-feira (17) que pretende compartilhar dados e amostras da Lua obtidas pela sonda Chang'e-5. Durante o anúncio, os chineses ressaltaram a importância das convenções internacionais sobre tecnologia.

Um dos países que mais demonstraram interesse em ter acesso às amostras colhidas pelos chineses na Lua eram os EUA. Porém, as restrições comerciais impostas pelos norte-americanos sobre a China podem impedir que a NASA tenha acesso ao material, escreve a agência RT.

A sonda Chang'e-5 pousou na Mongólia na manhã desta quinta-feira (17), após completar uma missão para recuperar rochas lunares e solo, fornecendo as primeiras amostras da Lua desde os anos 1970.

© REUTERS / CNSAEspaçonave chinesa Chang'e-5 coleta amostras da Lua
China quer compartilhar rochas lunares, mas restrições dos EUA impedem que norte-americanos recebam - Sputnik Brasil
Espaçonave chinesa Chang'e-5 coleta amostras da Lua
Após o retorno da sonda, a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês) anunciou os planos do país. "Compartilharemos com os países e cientistas relevantes no exterior, e alguns deles podem ser dados como presentes nacionais de acordo com as práticas internacionais", dizia um comunicado.

Porém, os Estados Unidos podem ser impedidos de cooperar com a China e receber amostras ou dados, já que a NASA está limitada a trabalhar diretamente com a China, situação que CNSA descreveu como "lamentável".

A China deixou claro que qualquer cooperação futura com os EUA dependeria da política americana. Pequim afirma estar disposta a cooperar com agências e órgãos científicos para ganho mútuo apenas se Washington concordar em fazer uma política semelhante.

A missão, que começou no dia 24 de novembro, também serviu para a China testar sua capacidade de coletar amostras no espaço sideral, como parte de sua preparação para missões futuras que podem ser mais complexas.

​A China é apenas o terceiro país do mundo a recuperar material da Lua com sucesso, seguindo os EUA e a Rússia. Vale lembrar que Pequim já está planejando realizar mais viagens exploratórias à Lua, incluindo a construção de uma estação de pesquisa.

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