Xô, COVID-19: descoberto modo rápido e eficaz de eliminar coronavírus de superfícies

© Folhapress / Aloisio Mauricio / FotoarenaFuncionária limpa mesa em estabelecimento em São Paulo, reaberto em meio à pandemia da COVID-19
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Em meio à pandemia da COVID-19, cientistas norte-americanos propuseram um novo método rápido e eficaz de descontaminação de superfícies, usando o processamento com plasma frio atmosférico, derivado do argônio.

Plasma frio atmosférico é um gás ionizado de temperatura ambiente que pode ser produzido sob pressão atmosférica. Plasma frio atmosférico provou sua eficácia na medicina no tratamento de câncer, na cicatrização de feridas, em odontologia e também no processo de descontaminação de qualquer superfície, inclusive de alimentos.

É provado que o fluxo de plasma atmosférico destrói muitos organismos patogênicos. No entanto, até agora não tinha sido estudado como interage com o novo coronavírus SARS-CoV-2.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, criaram um jato de plasma atmosférico com uma impressora 3D para pulverização de líquido sob pressão atmosférica e verificaram sua atividade em várias superfícies, contaminadas por SARS-CoV-19, segundo estudo publicado na revista Physics of Fluids.

Os resultados mostraram que em metal, plástico, papelão e couro, onde coronavírus vive pelo menos algumas horas, o patógeno foi eliminado completamente em menos de três minutos e a maioria do vírus morreu em 30 segundos. Ao mesmo tempo, usando o jato, os pesquisadores desinfetaram o material usado para fabricação de máscaras cirúrgicas.

A tecnologia permite desenvolver em pouco tempo um dispositivo pequeno para descontaminação de superfícies do coronavírus, que será mais eficiente e seguro que as substâncias químicas usadas agora, segundo estudo. Adoção generalizada destes dispositivos será avanço muito importante na luta contra coronavírus, afirmaram especialistas.

"Os resultados mostram grande potencial do uso de plasma frio para interromper o ciclo de transmissão do vírus", comentou o chefe do estudo, Richard Wirz, em comunicado de imprensa do Instituto Americano de Física. "É apenas o início. Estamos seguros com o plasma e depositamos nossas grandes esperanças nele."

Comparando com plasmas tecnológicos de alta e baixa pressão que precisam de câmaras especiais e bombas para regeneração, o plasma atmosférico não precisa de equipamento caro. Este fator diminui significativamente o custo do método e ao mesmo tempo aumenta sua confiabilidade.

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