O professor David Unwin, do Centro de Pesquisa de Paleobiologia da Universidade de Leicester, e o professor Dave Martill, da Universidade de Portsmouth, ambas no Reino Unido, são especialistas em pterossauros e recentemente juntaram forças para examinar as evidências acerca de um debate na área: pterossauros tinham penas?
Em 2018, Zixiao Yang e sua equipe, da Universidade de Nanjing, China, apresentaram um estudo em que alguns fósseis de pterossauros mostravam evidências de filamentos ramificados semelhantes a penas (protopenas) na pele do animal.
O novo estudo é uma resposta ao trabalho de Yang e sugere que esses filamentos seriam, na verdade, fibras resistentes, que fazem parte da estrutura interna da membrana da asa do pterossauro. Dessa forma, o efeito de ramificação seria simplesmente o resultado da decomposição e do desfiamento dessas fibras.
"A ideia de pterossauros com penas remonta ao século XIX, mas a evidência fóssil era, na altura, e ainda é, muito fraca. Alegações excepcionais requerem evidências excepcionais – nós temos a primeira, mas não a última", afirma Unwin ao portal Phys.org.
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— Archaeology & Arts (@archaiologia_en) September 29, 2020
Pterossauros não tinham penas, sugere um novo estudo
Importância das penas
Os pterossauros foram uma espécie de répteis voadores que existiram ao lado dos dinossauros a milhões de anos atrás e o fato de as penas se desenvolverem ou não em pterossauros tem implicações muito grandes para a paleontologia.
As penas são consideradas complexas demais para terem se desenvolvido em dois grupos animais diferentes. Por isso, determinar quais foram os primeiros animais a terem o corpo coberto de penas tem o potencial de reconstruir teorias inteiras.
"Se eles [pterossauros] realmente tinham penas, qual era o aspecto deles, eles exibiam a mesma fantástica variedade de cores exibida pelos pássaros? E se eles não tinham penas, então como eles se aqueciam à noite? […] Como eles termorregulavam? As pistas são tão enigmáticas que ainda estamos muito longe de descobrir como esses animais incríveis viviam", comenta Martill ao portal.
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