Estas propriedades do medicamento foram adiantadas à Agência Cubana de Notícias pelo Dr. Eulogio Pimentel Vázquez, diretor-geral do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB, na sigla em espanhol), que garante que o estoque do fármaco pode cobrir os futuros casos estimados de infecções de COVID-19 em Cuba durante um período de três a seis meses.
Tal estoque "seria praticamente equivalente à quantidade necessária para tratar o total de todos os infectados chineses", acrescentou ele ao portal da TelesurTV.
O fármaco tem a propriedade de interferir com a multiplicação viral dentro das células e também tem sido usado no tratamento de diferentes tipos de carcinomas.
Revelou-se eficaz na China
Está sendo utilizado na China desde fevereiro passado para enfrentar a epidemia do vírus COVID-19, tendo em conta que esta doença diminui a produção natural da proteína de defesa interferon no organismo humano e o Alfa-2b supre essa deficiência, fortalecendo o sistema imunológico dos pacientes infectados.
"Tem a vantagem de em situações como estas ser um mecanismo de proteção, seu uso impedindo que pacientes com possibilidade de agravamento e complicação cheguem a esse estado e que ao final tenham a morte como resultado", explicou o especialista cubano Luis Herrera Martínez, citado pelo portal Granma.
Segundo o Dr. Luis Herrera, conselheiro científico do CIGB e um dos criadores deste medicamento, o Interferon foi usado em Cuba em várias ocasiões em epidemias de diferentes tipos, como a neurite epidêmica, no início dos anos 90, bem como a dengue.
"Durante esse tempo usamos o Interferon Alfa-2b como uma droga que nos foi muito útil, porque reduziu os níveis de gravidade que os pacientes tinham, e que nos permitiu reduzir o número de pessoas com complicações", disse o Dr. Herrera à Sputnik, acrescentando que o Alfa-2b está sendo produzido na China em parceria sino-cubana.
Por sua vez, a Dra. Marta Ayala, diretora-adjunta do CIGB, destacou que o Interferon Alfa-2b é uma das drogas mais prescritas nos protocolos para prevenção e tratamento do novo coronavírus, por ser "um caminho rápido que atinge os pulmões e pode atuar nos estágios iniciais da infecção, e já está incluído nos protocolos do sistema de saúde cubano", precisou.
Muito solicitado pelo mundo inteiro
Também foi confirmado que foram recebidos pedidos de diferentes países. Segundo Martínez Díaz, diretor de BioCubaFarm, "neste momento temos pedidos de um grande número de países, aos quais estamos respondendo, porque temos capacidade suficiente, sem colocar em risco as nossas necessidades", assegurou ao portal TelesurTv.
A Itália, depois da China, onde a droga apresentou esperançosos resultados, é o segundo país a recorrer em força ao auxílio cubano.
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