"Imagens da superfície de Vênus nos mostram estruturas de revelo familiares, tais como vulcões e formas únicas — assim chamadas de ‘coroas'. Revelou-se que essas coroas explicam o que está acontecendo no núcleo de Vênus e indicam que as teorias modernas sobre funcionamento de sua litosfera sejam incorretas", segundo o geólogo da Universidade de Oslo (Noruega), Fabio Crameri.
Enigmas da Estrela d'Alva
Mesmo que as condições de formação de Vênus sejam semelhantes às da Terra, este planeta difere totalmente do nosso — a sua atmosfera atinge 462 graus Celsius e está cheia de gás carbônico e ácido sulfúrico, além disso, ele praticamente não tem água e sua superfície está coberta de vulcões. Com base nas recentes observações, astrônomos estão estudando os restos de lava, tentando compreender quando exatamente as erupções aconteceram e com qual frequência.
Entretanto, o objetivo principal é entender por que Vênus perdeu suas reservas aquáticas e se tornou uma estufa gigantesca.
Não obstante, como sublinham os cientistas, tais processos não ocorrem em Vênus. Por essa razão, o color se acumulou em seu núcleo até erupções grandiosas acontecerem, jogando enorme quantidade de enxofre e dióxidos de carbono para atmosfera, tornando-a, assim, uma estufa gigante.

Mas a hipótese principal recebeu grandes críticas da cientista francesa, Anne Davaille, e de seus colegas que criaram um análogo de Vênus em laboratório e encontraram traços de processos tectônicos em suas rochas.
Os cientistas estavam interessados no processo de surgimento das assim chamadas "coroas" — planaltos misteriosos na superfície de Vênus, rodeados por fendas e fraturas numerosas. Desde sua descoberta em 1983, elas causam alvoroço entre planetólogos.
Vênus fervida
Segundo a maioria dos cientistas, o magma sobe para a superfície de Vênus e depois volta para o núcleo. No entanto, uma parte pequena permanece na superfície do planeta, formando as "coroas".Anne Davaille e seus colegas investigaram se tais fluxos de magma eram capazes de levar matéria da crosta para dentro do planeta, realizando, assim, a rotação de rochas como acontece na Terra.
Devido ao fato de ser pouco difícil observar esse processo a partir da Terra ou órbita, os cientistas criaram condições laboratoriais parecidas para provar suas suposições.
Eles descobriram que esse processo na verdade pode ocorrer — fluxos de água fervida que sobem para a superfície de Vênus pouco a pouco separam fragmentos da crosta que se juntam ao magma.
Ao contrário dos continentes do nosso planeta, os fragmentos da crosta de Vênus são sempre pequenos, por isso traços desse processo não são notáveis.Mais ou menos, os planetólogos sublinham que é possível vê-los — quase toda a superfície de Vênus está coberta não somente por "coroas", mas também por fraturas e fendas. Tudo isso prova que processos tectônicos ocorrem em Vênus e, se calhar, os cientistas reverão teorias que explicam por que Vênus se tornou o "planeta-inferno" e por que a Terra evitou o mesmo destino.
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