No discurso desta terça-feira (23), que durou cerca de três minutos, Bolsonaro mudou de tom ao defender a vacinação contra a COVID-19 e destacou os acordos firmados com as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Janssen (Johnson & Johnson) para a compra de 138 milhões de doses de imunizantes, além de outras iniciativas, como a aquisição de doses da vacina AstraZeneca junto à COVAX Facility, e a liberação de verbas para os imunizantes produzidos nacionalmente na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e no Instituto Butantan, em São Paulo.
"Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas. Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos nossa vida normal", afirmou o chefe de Estado.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (22) que o Brasil é "exemplo" para outros países no combate à pandemia da COVID-19 https://t.co/sqCM1GJVVM
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 22, 2021
Em posicionamentos anteriores, o presidente minimizou a gravidade da pandemia e chegou a classificar a doença causada pelo novo coronavírus de "gripezinha". Além disso, Bolsonaro desacreditou a vacinação como forma de combate ao vírus, chegando, inclusive, a afirmar que não tomaria o imunizante.
No discurso de hoje (23), no entanto, o chefe de Estado afirmou que, desde o início da pandemia, o governo tem tomado ações contra a disseminação do novo coronavírus e enalteceu a produção nacional de vacinas.
"Desde o começo, eu disse que tínhamos dois grandes desafios: o vírus e o desemprego. E, em nenhum momento, o governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome", disse.
"Hoje, somos produtores de vacina em território nacional. Mais do que isso, fabricaremos o próprio insumo farmacêutico ativo, que é a matéria prima necessária. Em poucos meses, seremos autossuficientes na produção de vacinas", acrescentou.
Diversas cidades registraram panelaços durante pronunciamento
Cidades de todo o país registraram panelaços durante a fala de Bolsonaro, em protesto contra a falta de ação do governo federal no combate à pandemia. Hoje (23), o país registrou um novo recorde de mortes, superando pela primeira vez a marca de 3.000 óbitos diários causados pela COVID-19.
Além do som intenso das panelas, foram registrados muitos gritos de "Fora Bolsonaro!" e "Bolsonaro genocida!".
Confira como foram as manifestações em diversas cidades do país:
São Paulo
🇧🇷 Panelaços são registrados durante o pronunciamento dos presidente Jair Bolsonaro.
— Eixo Político (@eixopolitico) March 23, 2021
Vídeo: Bairro de Santa Cecília, na cidade de São Paulo. pic.twitter.com/aBOCkGZblc
Rio de Janeiro
Panelaços contra Bolsonaro aconteceram em todo Brasil. Registro do panelaço na Tijuca, Rio de Janeiro.#ForaBolsonaroGenocida #AuxilioJustoJa #VacinaPraTodosJa pic.twitter.com/SHeV4S5yhE
— Voz da Resistência (@vozdaresist) March 24, 2021
Belo Horizonte (MG)
Na noite desta terça-feira (23), moradores de BH fizeram panelaços em diversos bairros, durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional, em protesto contra as ações do governo federal no combate à Covid-19.
— Jornal Hoje em Dia (@jornalhojeemdia) March 24, 2021
Sion: pic.twitter.com/lGxC4GLK6y
Recife (PE)
Na noite desta quarta-feira (23), foram registrados panelaços em diferentes regiões do Recife durante o pronunciamento do presidente Bolsonaro (sem partido). Boa Viagem, Rosarinho, Várzea, Pina, Aflitos, Casa Forte, Graças, Espinheiro estão entre os bairros que se manifestaram. pic.twitter.com/9AHH3oxvM8
— Diario de Pernambuco (@DiarioPE) March 23, 2021
Fortaleza (CE)
Alguns bairros de fortaleza tiveram panelaços contra o Pr. Bolsonaro pic.twitter.com/IzKzcu4JMf
— Fortaleza Ordinária (@fortalordinaria) March 24, 2021
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