Os números foram levantados nesta segunda-feira (15) pelo portal UOL com base nos dados atualizados de óbitos da Fundação em Vigilância de Saúde (FVS) do Amazonas.
De acordo com o site de notícias, no dia 14 de janeiro houve falta de oxigênio, de forma quase sincronizada, em diversos hospitais de Manaus, o que fez com que os médicos tivessem que escolher entre os pacientes quais tinham mais possibilidades de sobrevivência para receberem o insumo.
Naquele mesmo dia, o Amazonas registrou o recorde de mortes por COVID-19 desde o início da pandemia, com 159 óbitos em apenas 24 horas.
O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa de seu ministro da Saúde neste sábado.
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 30, 2021
Para ele, não é competência" e "nem atribuição" do governo federal levar oxigênio para o Amazonas.https://t.co/xzhDmj7g50
Com base nos números levantados pelo UOL, o estado da região norte do país registrou 500 mortes por COVID-19 nos cinco dias anteriores à falta de oxigênio, uma média de 100 por dia. Já entre os dias 14 e 18, o índice registrou um salto para 706 mortes, o que equivale a uma média de 141 por dia.
"Sem dúvida tivemos um impacto significativo da falta de oxigênio nesse número. Nós estávamos em uma curva de crescimento e a cada dia visualizávamos um número maior de óbitos. Mas o aumento verificado no dia 14 foi extremamente importante e acima do esperado", contou ao UOL o infectologista Bernardino Cláudio de Albuquerque, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz Amazônia.
Após o dia 14, no entanto, as internações hospitalares caíram significativamente. Segundo a FVS, 258 pessoas foram hospitalizadas no estado em 14 de janeiro, o maior número registrado até agora desde o início da pandemia. Um dia depois, as internações caíram para 169 e, no dia 16, para 113.
"Depois que a bomba estourou, houve uma redução importante nas internações. As pessoas não procuraram mais as unidades de saúde com medo de morrerem lá dentro por falta de oxigênio", afirmou o professor da UFAM, citado pelo UOL.
Além disso, as unidades de saúde pararam de receber pacientes por falta de vagas, como aconteceu no Hospital 28 de Agosto, que conta com a maior emergência de Manaus. O centro de saúde desativou a triagem no dia 15 e deixou os pacientes sem atendimento.
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