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Especialista comenta sobre armas que Brasil quer comprar após aprovação de vendas por parte dos EUA

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Após os EUA anunciarem a aprovação de venda de armamento para seis países, incluindo o Brasil, abriu-se a possibilidade de o governo comprar kits de conversão de torpedos nos quais está interessado.

Para falar sobre estes armamentos, a Sputnik ouviu o jornalista Pedro Paulo Rezende, especialista em assuntos militares e em relações internacionais, que explicou em que consiste essa compra.

Segundo o portal Defense News, o governo brasileiro planeja adquirir 22 kits de conversão MK 54 no valor de US$ 70 milhões (R$ 364 milhões), que poderiam converter os atuais torpedos MK 46 5A em projéteis leves MK 54.

​Rezende explicou que esse tipo de torpedo pode ser lançado a partir de um helicóptero, por tubos móveis em fragatas ou corvetas. Em alguns países, que não é nosso caso, esse torpedo também serve como ogiva de lançamento de um míssil antissubmarino chamado ASROC, que lança o torpedo a pouco mais de 20 quilômetros.

"Esse torpedo é guiado pelo som do submarino adversário, ele é de pequeno porte, tem alcance de dez quilômetros. Na década de 90, os EUA trabalhavam com o MK 46, usado contra submarinos convencionais, e o MK 54, que era um torpedo desenhado especificamente contra submarinos nucleares. A diferença entre eles é basicamente a seguinte: o MK 54 tinha mais velocidade e mais alcance. O MK 46 era um bom torpedo para uso em águas profundas contra submarinos convencionais, mas tinha problemas em águas costeiras", explicou Rezende.

O especialista disse que a Marinha brasileira usa esse torpedo nos helicópteros SH 60, que são os aparelhos antissubmarinos mais modernos da frota, na corveta da classe Barroso, além de nas fragatas da classe Niterói. O tubo de lançamento é nacional.

Rezende explicou que o Brasil comprou dos EUA equipamentos de qualidade nos últimos tempos. A Força Aérea adquiriu mísseis antinavios Harpoon e torpedos MK 46.

Perguntado sobre materiais que já tenham sido utilizados, Rezende respondeu: "Dos equipamentos de segunda mão, as que considero válidas são de canhões autopropulsáveis M-109 A5. O resto não podemos definir de outra forma a não ser como sucata".

"Já em relação aos aviões P-3 Orion, adquiridos da Marinha dos EUA, a FAB não seguiu a sugestão do fabricante e em função disso nós estamos com seis aviões sem condição de uso, que estão parados recebendo um upgrade para que sejam recolocados em operação", declarou o especialista.

O Departamento de Estado dos EUA aprovou seis Vendas Exteriores Militares (FMS, na sigla em inglês), avaliadas no total em US$ 1,55 bilhão (R$ 8,78 bilhões). As seis vendas, divididas entre Brasil, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Croácia, Líbano e Canadá, foram anunciadas no portal da Agência de Cooperação de Segurança e Defesa (DSCA, na sigla em inglês).

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