Presidente do Brasil falou sobre "tentativas de dividir o Brasil" durante cúpula de líderes do G20, em alusão a protestos contra o assassinato do homem negro João Batista, espancado até a morte em supermercado em Porto Alegre na última quinta-feira (19).
"Antes de adentrarmos ao tema principal dessa sessão quero fazer uma rápida defesa do caráter nacional brasileiro em face das tentativas de importar para o nosso território tensões alheias à nossa história", disse o presidente do Brasil.
Segundo Bolsonaro, "o Brasil tem uma cultura diversa, única entre as nações", miscigenada que forma uma "grande família".
"Brancos, negros e índios edificaram o corpo de um povo rico e maravilhoso", disse o presidente.
O presidente do Brasil disse que "há quem queira destruir" a unidade brasileira, colocando "em seu lugar um conflito ressentimento, ódio e divisão entre raças, sempre mascarado de luta por igualdade ou justiça social".
- G20: a nossa união determinará o nosso futuro. pic.twitter.com/xAWgNIcnvc
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 21, 2020
"Existem diversos interesses para que se criem tensões entre nós", alertou Bolsonaro. "Um povo unido é um povo soberano. Dividido, é vulnerável."
"Como homem e como presidente enxergo todos com as mesmas cores: verde e amarelo", disse o presidente.
Para o presidente, "não existe uma cor de pele melhor do que as outras, o que existe são seres humanos bons e maus".
"Aqueles que instigam a discórdia atentam não somente contra a nação, mas contra a nossa própria história", concluiu Bolsonaro.

Anteriormente, o presidente do Brasil havia dito ser "daltônico", dizendo que para ele todos os seres humanos têm a mesma cor.
Vacina
O presidente sublinhou sua posição contrária à vacinação obrigatória contra a COVID-19, dizendo que a pandemia não deve servir de justificativa à violação de liberdades individuais.
"O Brasil se soma aos esforços internacionais, bem como adota o tratamento precoce no combate à doença”, disse Bolsonaro, conforme reportou a Agência Brasil.
"O Brasil se soma aos esforços internacionais, bem como adota o tratamento precoce no combate à doença”, afirmou o presidente.
Economia
Bolsonaro relatou a seus colegas do G20 a experiência brasileira com o auxílio emergencial, repassado a cerca de 65 milhões de pessoas e preservando 12 milhões de postos de trabalho.

O presidente citou a necessidade de reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) de forma a garantir a redução de subsídios agrícolas em países desenvolvidos.
Para ele, a reforma deve prever "a criação de condições justas e equilibradas não só de bens, mas também de serviços".
O presidente Jair Bolsonaro deve discursar novamente no encerramento da reunião de líderes do G20 neste domingo (22).
Os líderes do G20 se reúnem neste sábado (21) e no domingo (22) em formato de videoconferência sob presidência da Arábia Saudita. O presidente Jair Bolsonaro participa do encontro acompanhado de seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
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