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Eurodeputado: militares no Brasil usaram 'golpe seco' a Bolsonaro para prevenir invasão da Venezuela

© AP Photo / Susan WalshPresidente Bolsonaro discursa na Câmara de Comércio em Washington, 18 de março de 2019
Presidente Bolsonaro discursa na Câmara de Comércio em Washington, 18 de março de 2019 - Sputnik Brasil
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Em meio às tensões entre Washington e Caracas, tem sido debatida a possibilidade de uma invasão militar dos EUA do país sul-americano através do território brasileiro ou colombiano.

Em entrevista à Sputnik Mundo, Javier Couso, deputado ao Parlamento Europeu, comentou a possibilidade de tal intervenção e do envolvimento nela do Brasil e da Colômbia.

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O eurodeputado apontou que, nos últimos tempos, os Estados Unidos têm sido um "poder em decadência", citando como exemplo o Iraque.

"Ultimamente os EUA têm sido um poder em decadência, vimos isso em uma demonstração de força com o Iraque e não podiam nem controlar o país. Interviram com 100.000 soldados, mas não o puderam controlar em nenhum momento. Agora imagina com a Venezuela. Eles querem fazê-lo com uma dupla tenaz: Brasil e Colômbia."

Ele indicou que os militares no Brasil, por meio do "golpe seco" ao presidente da República, deixaram claro que os EUA não poderiam utilizar o território do país para invadir o vizinho sul-americano.

"No Brasil o setor militar, através do que foi denominado um 'golpe seco' a Bolsonaro, disse claramente aos EUA que não vai proporcionar seu território para invadir a Venezuela. Além disso, a Colômbia vive um momento de reativação da insurgência pelo fracasso quase total do Processo de Paz, com o que teriam uma retaguarda muito quente caso entrem por aí", disse o eurodeputado espanhol.

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Ele adicionou que o Exército colombiano "não está preparado" para uma provável invasão.

"O Exército colombiano não está preparado para enfrentar um exército moderno. De fato, os meios aéreos não têm comparação com o poder aéreo e antiaéreo da Venezuela", comentou Couso, acrescentado que os sistemas de armas venezuelanos, além da orografia, beneficiariam Caracas contra os EUA.

"Em qualquer caso, essa ameaça é intolerável no palco internacional, e eu creio que os EUA estão assumindo que estão perdendo e, por isso, estão criando outra vez tensões contra a UE e contra a China, aumentando sua tensão contra o Irã", ressaltou.

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