China detecta SARS-CoV-2 em carregamento de carne argentina

© REUTERS / Tingshu WangCarne sendo vendida na China
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Um carregamento de carne de origem argentina chegou à China com o novo coronavírus, e as autoridades sanitárias do país asiático estão investigando como o vírus foi parar dentro do transporte.

As autoridades sanitárias chinesas detectaram no porto de Xangai, na segunda-feira (9), uma embalagem que mais tarde foi identificada como tendo carne argentina com SARS-CoV-2, afirmou na quinta-feira (12) o jornal La Nación.

A carne foi levada para Nanjing, capital da província de Jiangsu, no leste da China, a cerca de mil quilômetros ao sul de Pequim, onde testou positivo para a presença do novo coronavírus na terça-feira (10), informou o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina. Foi realizado um teste de ácido nucléico na caixa com a carne, dando resultado positivo. A carne no interior, no entanto, estava livre do vírus.

O governo argentino explicou que as autoridades da China haviam informado o Senasa dos resultados.

A carne pertencia ao frigorífico argentino Gorina, e era transportada para a China através de um intermediário de exportação. A empresa está em risco de ser suspensa pelas autoridades chinesas, mas Carlos Riusech, CEO da Gorina, contou à mídia que sua empresa está "preparando um arquivo com documentação de apoio para ser baixado", e que, uma vez concluído, "a decisão fica nas mãos das autoridades chinesas".

Segundo um comunicado do Senasa, "é importante notar que não é por causa do produto, que está em perfeito estado e atende a todas as normas sanitárias exigidas, mas devido à embalagem externa".

Além disso, o Senasa indicou que "este é um caso isolado, sendo a primeira vez que acontece em produtos da Argentina desde o início da pandemia", e que aconteceu "em produtos de outros países que fornecem carne, e também em outras mercadorias".

De fato, como explicado na declaração, ainda não está claro que a origem do vírus seja argentina, já que o produto, "uma vez entrado no porto daquele país [China], começa a ser manipulado ali, o que complica a determinação da origem da presença do vírus".

Neste sentido, a Senasa assegurara que está "trabalhando para dar segurança à China de um fornecimento normal de carne, mantendo os padrões sanitários exigidos" da Organização Mundial da Saúde e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

Pequim e Buenos Aires estavam negociando novos contratos para exportar carne argentina para a China durante a Exposição de Importação Internacional da China (CIIE, na sigla em inglês) em Xangai.

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