As primeiras doses da vacina russa Sputnik V contra o coronavírus devem chegar à Argentina na próxima quarta-feira, 23 de dezembro, conforme informações divulgadas pelo Clarín nesta quarta-feira (16).
Na quinta-feira passada (10), ao anunciar a assinatura do acordo com a Rússia, o presidente Alberto Fernández havia antecipado que antes do final do ano chegariam 600 mil doses, com as quais 300 mil pessoas poderiam ser vacinadas.
A Sputnik V poderá fornecer até 2 anos de imunidade contra a COVID-19, informou neste sábado Aleksander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya#SputnikV https://t.co/CiChr34HmY
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) December 12, 2020
No entanto, nos últimos dias, as vozes que questionam essa afirmação aumentaram. O problema, além da logística, é que a vacina russa chega à Argentina sem o aval dos órgãos reguladores dos Estados Unidos (FDA) e da Comunidade Europeia (EMA). Para alguns parlamentares da oposição, é preciso mais discussão sobre este ponto.
Por essa razão, funcionários da Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Anmat, na sigla em espanhol) viajaram à Rússia para avaliar a vacina.
Normalmente, a agência leva de um ano a um ano e meio para aprovar um medicamento. Porém, diante da gravidade da situação no país, é provável que consiga uma autorização para seu pedido emergencial.

O contrato assinado entre Rússia e Argentina prevê que, entre janeiro e fevereiro, cheguem mais 20 milhões de doses. Para março, o governo argentino acordou uma preferência para poder vacinar mais cinco milhões de pessoas.
A posição oficial do governo argentino é que era importante fechar esta aquisição o quanto antes, porque as demais vacinas devem atrasar suas chegadas. Nesse sentido, o ministro da Saúde, Ginés González García, admitiu que ainda é imatura a possibilidade de se chegar a um acordo de compra com a Pfizer.
"Na negociação nos pediram uma lei para ter alguma segurança, para dar essa imunidade, e depois apareceu na negociação que não era suficiente. Disseram que uma nova lei tinha que ser feita, e que o contrato não foi assinado por mim e pelo presidente. A rigor, são condições inaceitáveis", disse González García sobre a vacina desenvolvida pelo laboratório norte-americano.

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