A carta de duas páginas do comandante-general Robert Neller aparece uma semana após a descoberta do Marines United, um grupo do Facebook de 30 mil membros, no qual oficiais compartilhavam fotos comprometedoras de ex-namoradas e colegas nuas, incluindo o nome delas e em qual posição trabalhavam.
Dias depois do Marines United ser descoberto, um tópico com mensagens similares foi encontrado no AnonIB, um notório site por postar fotos de celebridades nuas. O achado indica que a questão se espalhou para além dos fuzileiros navais e em outros ramos do exército.O veterano John Albert foi quem expôs o grupo. Segundo Albert, ele foi adicionado em setembro de 2016 ao grupo por um colega, sem saber o que era. Ele se disse chocado com o que encontrou e resolveu fazer a denúncia.
Albert, que foi destacado duas vezes para o Afeganistão, descreveu o grupo em um post no Facebook, dizendo que continha "toneladas de pornografia de vingança, nudez pura postada sem o consentimento de outros, tópicos sobre estupro e atos obscenos. O racismo e a libertinagem geral foram espalhados durante os dois dias inteiros da linha do tempo que eu visitar enquanto pensava, 'Que diabos, caras'. Eu respeito vocês que eram membros da página, mas essas coisas eram desonrosas, tristes, misóginas e ilegais".
Neller escreveu que o comando atualizaria suas diretrizes de 2010 sobre conduta em redes sociais e que as tropas devem ser educadas sobre como a atividade na internet pode afetar a vida das pessoas e como a instituição espera que eles se comportem online.
Ao usar as mídias sociais, os fuzileiros navais devem usar seu "melhor julgamento em todos os momentos e evitar comportamentos inadequados", de acordo com as diretrizes atuais, observando que postos de natureza abusiva, odiosa ou ameaçadora podem trazer ação disciplinar.
O Marines United continha comentários misóginos e sexuais sob as fotos de nudez.
Neller declarou: "Os líderes devem lembrar aos nossos fuzileiros que eles não são anônimos no mundo virtual e continuam sendo responsáveis por suas ações… Onde encontrarmos comportamento criminoso, vamos tomar medidas apropriadas".
O comandante-geral ordenou que os líderes encorajassem as vítimas a se apresentarem, oferecendo apoio a elas e dizendo às testemunhas que relatassem má conduta quando a vissem.Terminando em uma nota positiva, Neller escreveu que esta questão poderia ser superada se a atitude subjacente e problemas de comportamento foram abordados, dizendo: "Nós somos melhores do que isso".
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