Novo chefe do Pentágono parte em missão estratégica à Coreia do Sul e ao Japão

© REUTERS / Jonathan ErnstSecretário de Defesa dos EUA, general James Mattis
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O novo chefe do Pentágono, James Mattis, partiu hoje (1) em viagem à Coreia do Sul e ao Japão, onde procurará tranquilizar os aliados estratégicos dos EUA em relação aos compromissos de segurança norte-americanos na região.

A visita do secretário de Defesa marca a primeira viagem ao exterior de um alto funcionário do governo do presidente Donald Trump, que sugeriu durante a campanha eleitoral que o papel dos EUA no Nordeste Asiático poderia mudar.

"A viagem vai ressaltar o compromisso dos Estados Unidos com nossas alianças duradouras com o Japão e a República da Coreia e fortalecer ainda mais a cooperação de segurança EUA-Japão-República da Coreia", disse o Pentágono em comunicado nesta quarta-feira.

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A visita de Mattis ocorre em meio a preocupações crescentes em relação às ambições nucleares da Coreia do Norte e a uma disputa entre Tóquio e Seul sobre o uso de escravos sexuais durante a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, o chefe da pasta, Han Min-Koo, e sua nova contraparte norte-americana prometeram na terça-feira (31) avançar com um plano para implantar um sistema antimíssil dos EUA no país ainda este ano, apesar dos protestos da China.

Os dois aliados anunciaram no ano passado o plano de implantar o sistema de Defesa Terminal de Área de Alta Altitude (THAAD), após uma série de testes atômicos e de mísseis realizados pela Coreia do Norte.

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Mattis começará sua viagem na Coreia do Sul, onde se reunirá com Han e outros altos funcionários.

Na sexta-feira (3), Mattis viaja a Tóquio para reuniões com o ministro da Defesa, Tomomi Inada, e outras autoridades, segundo disse o Pentágono.

Além das questões de defesa, os dois países asiáticos estão engajados em uma disputa diplomática sobre o uso de "mulheres de conforto" durante a guerra.

Historiadores dizem que até 200 mil mulheres — principalmente da então colônia japonesa da Coreia, mas também de outras partes da Ásia, incluindo a China — foram forçadas a trabalhar em bordéis militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.

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