O documento publicado pelo WikiLeaks e dirigido aos membros do Comitê Nacional do Partido Democrata dos EUA, inclusive ao chefe da campanha eleitoral de Clinton, John Podesta, é datado de 7 de abril de 2015 e descreve em traços largos as iniciativas para a estratégia eleitoral em relação aos candidatos do Partido Republicano.
A mensagem principal consistia em "fazer com que qualquer candidato republicano fosse desagradável para a maioria do eleitorado". Para isso, planejava-se "fazer com que todos os candidatos republicanos se atolassem em ideias extremamente conservadoras", o que lhes prejudicaria nas eleições gerais, "minar a confiança" para que eles não pudessem atacar os democratas e "bagunçar" a situação no caso de possíveis ataques contra Clinton.
Para pôr tal plano na prática, previa-se realizar a chamada estratégia dos "candidatos-rateiros" republicanos, que se pretendia usar neste sofisticado jogo político.Nos EUA, os políticos populistas recebem a alcunha de "rateiros", sendo que eles, apesar da capacidade de convencer, levam os eleitores a uma catástrofe. Em 2015, a equipe de Clinton inscrevia o bilionário e apresentador de TV Donald Trump, o senador conservador Ted Cruz e o ex-neurocirurgião afro-americano Ben Carson (todos participaram das primárias republicanas) na lista de "rateiros".
Naquela época, os democratas estavam muito mais preocupados com os políticos mais ou menos tradicionais, como Jeb Bush e Marco Rubio, dado que uma parte significativa das recomendações vazadas era dedicada aos métodos para solapar confiança popular nestes políticos.
"Temos que celebrar os candidatos-rateiros para que estes virem líderes neste grupo [dos candidatos republicanos] e dizer à imprensa para que os veja com toda a seriedade", diz-se no documento.
Os respectivos métodos de "celebrar" tais candidatos não são especificados na carta.
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