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Foco no Sul Global: Lula diz que país deve se aliar aos 'mercados que precisam do Brasil' (VÍDEO)

© Guilherme Correia / SputnikO presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante evento que anunciou R$ 125 bilhões em investimentos no setor automobilístico do Brasil até 2028. São Paulo (SP), 12 de abril de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante evento que anunciou R$ 125 bilhões em investimentos no setor automobilístico do Brasil até 2028. São Paulo (SP), 12 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 12.04.2024
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Em evento na sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo, nesta sexta-feira (12), presidente Lula comentou parcerias do Brasil e ressaltou importância da retomada das relações com outros países do Sul Global. Na ocasião, foram anunciados investimentos de R$ 125 bilhões no país até 2028.
"Todo mundo só olha para nós como pobres e miseráveis. Não queremos isso, nós queremos ser grandes." Assim o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o momento brasileiro aos olhares do mundo durante discurso na Anfavea, em um ano em que o país voltou ao grupo das dez maiores economias do planeta após quatro anos. Além disso, o petista ressaltou a importância do Sul Global para as relações econômicas e políticas do país.

"Agora a União Europeia quer fazer acordo com todo mundo. A nossa balança econômica com o Vietnã, que até outro dia estava em uma guerra fratricida, é maior do que com a maioria dos países europeus. A gente não vai exportar aos países ricos [bens industrializados], o que nós precisamos é procurar os mercados que precisam do Brasil", declarou Lula.

Para o presidente brasileiro, é possível ampliar a industrialização em território brasileiro, após décadas de enfraquecimento do setor, mesmo com a alta concorrência mundial.
"Tem mercados que a gente pode ganhar, tem mercado que a gente pode competir. E tem o nosso mercado interno", enfatizou. Também participaram do lançamento de investimentos no setor automobilístico o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Justiça, Ricardo Lewandowski.
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Haddad lembrou que o atual sistema tributário brasileiro faz com que "as pessoas eficientes sofram, por alguma razão, a concorrência de ineficientes". Por conta disso, o objetivo da pasta é trabalhar para apoiar a produção nacional, "desonerando equipamentos e obrigações" para que a indústria consiga chegar ao mercado final mais competitiva. Para o ministro, o governo tem liderado "um processo muito importante de valorização da nossa indústria", inclusive com a proteção das empresas contra a "concorrência predatória".

Modernização do parque industrial em 2 anos

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, comentou o programa do governo para apoiar a renovação e modernização do parque industrial brasileiro em dois anos, com foco na indústria verde e na descarbonização. O projeto de lei que traz as diretrizes está em análise no Congresso Nacional.
"E a indústria faz toda a diferença na melhoria da renda e da vida da população e na diminuição das desigualdades. Por isso foi lançada a Nova Indústria Brasil [outro programa do governo], para a consolidação de uma indústria inovadora", explicou, ao acrescentar sobre o investimento de R$ 60 bilhões só em pesquisa e desenvolvimento de inovação.
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Já o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que as constantes reuniões entre o setor e sindicatos, como o dos metalúrgicos do ABC, no qual Lula teve uma atuação histórica, "ensinaram a ele que trabalhadores, indústrias e empresários […] não […] [estão] em lados opostos para se autodestruir".

"Nós aprendemos a nos respeitarmos mutuamente, a ter um olhar muito além das sínteses da relação trabalhador e empresa. Entendemos que as empresas são os trabalhadores e esses investimentos vão proporcionar crescimento para o país, proporcionar descarbonização em um gesto de ousadia", afirmou.

© Sputnik / Guilherme CorreiaO vice-presidente Geraldo Alckmin discursa durante evento que anunciou R$ 125 bilhões em investimentos no setor automobilístico do Brasil até 2028. São Paulo (SP), 12 de abril de 2024
O vice-presidente Geraldo Alckmin discursa durante evento que anunciou R$ 125 bilhões em investimentos no setor automobilístico do Brasil até 2028. São Paulo (SP), 12 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 12.04.2024
O vice-presidente Geraldo Alckmin discursa durante evento que anunciou R$ 125 bilhões em investimentos no setor automobilístico do Brasil até 2028. São Paulo (SP), 12 de abril de 2024

Antiga rivalidade entre PT e PSDB

Aproveitando a presença de Alckmin, do qual era adversário político durante os dois primeiros mandatos, nos anos 2000, Lula também comentou o cenário político no país e disse estar "com saudades" da época em que a disputa presidencial no país era travada entre ambos de forma "democrática".

"A verdade é que quando era entre o PT e o PSDB, como era democrático este país, como a gente era civilizado e a gente nem sabia. Agora que estamos descobrindo como é bom ser civilizado, como é bom ser democrático, como é bom gostar de conversar, saber lidar com os diferentes", pontuou Lula.

Por fim, o petista falou brevemente sobre as tensões geopolíticas, inclusive na América Latina. "Há muito nervosismo na Faixa de Gaza. Vocês percebem que há muito nervosismo nas eleições na Venezuela e em vários países do continente, como Equador e Argentina. Temos que ter um pouco de tranquilidade, a humanidade precisa de tranquilidade. Não podemos correr o risco de perder a essência que é a democracia. Não existe nada melhor", finalizou.
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