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EUA ofereceram a Assange um acordo por temerem ilibação em ano de eleição, diz ex-agente da CIA

© AFP 2023 / Adrian DennisKristinn Hrafnsson, editor-chefe do Wikileaks (segundo à esquerda), junto de Stella Assange, esposa do fundador do WikiLeaks, Julian Assange (segunda à direita), participam de ação junto dos Tribunais Reais de Justiça, o Supremo Tribunal, no centro de Londres, Reino Unido, 21 de fevereiro de 2024
Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do Wikileaks (segundo à esquerda), junto de Stella Assange, esposa do fundador do WikiLeaks, Julian Assange (segunda à direita), participam de ação junto dos Tribunais Reais de Justiça, o Supremo Tribunal, no centro de Londres, Reino Unido, 21 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 23.03.2024
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Um ex-agente da CIA traçou paralelos entre o seu caso e o de Julian Assange, que recebeu uma proposta de saída condicional da prisão. Segundo o primeiro, o denunciante australiano já rejeitou uma proposta anterior.
O Departamento de Justiça dos EUA ofereceu a Julian Assange um acordo que retira as acusações de espionagem e permite que ele saia em liberdade com o tempo de serviço cumprido se ele se declarar culpado por uma acusação menor de manuseio indevido de documentos confidenciais.
Um ex-oficial da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA comentou a proposta, que vê como sendo motivada por preocupações eleitorais.
"O que seria pior para o governo do que fazer um acordo com ele? O que seria pior é trazê-lo até aqui e ser absolvido – em um ano eleitoral", disse o denunciante John Kiriakou em declarações à Sputnik.
"Acho que o Departamento de Justiça está muito menos preocupado com o fato de um juiz [dos EUA] ser justo do que com o fato de um júri dizer que essa acusação é ridícula e que nunca deveria ter ocorrido."
Kiriakou disse que não sabe se o denunciante australiano aceitará o acordo oferecido pelos EUA, e que ele já recusou uma oferta não divulgada para se declarar culpado de um caso de espionagem e sair da prisão.
"Ele disse não, simplesmente não, mas que diabos, não. Que não será responsável pela futura acusação de um jornalista americano porque abriu um precedente ao se declarar culpado de uma acusação de espionagem", citou o ex-membro da CIA.
Manifestantes com cartazes de Julian Assange na entrada do Supremo Tribunal de Justiça em Londres, 21 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.03.2024
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Mídia: EUA avaliam acordo judicial para retirar acusações de espionagem de Assange
Na opinião dele, tais propostas, se fossem aceitas, poderiam influenciar a própria Constituição dos EUA, e demonstram o vigor de Assange.

Interlocutor também foi preso

Kiriakou revelou aspetos do programa de tortura dos EUA que ocorria na infame instalação militar americana em Cuba, na baía de Guantánamo, durante a presidência de George W. Bush (2001-2009). Ele se declarou culpado de um crime e se tornou o primeiro oficial da CIA a ser acusado por falar com a imprensa, e continua sendo a única pessoa a cumprir pena em relação ao programa de tortura da CIA.
"Eu estava enfrentando 45 anos de prisão e tenho cinco filhos. Então o governo me ofereceu dois anos e meio. Cumpri 23 meses. [Minha outra opção era] jogar os dados e ir a julgamento, pegar de 12 a 18 anos. Aceitei o acordo. Julian Assange não aceitou o acordo", contou John Kiriakou.
"Mas, para me prender por 23 meses, eles gastaram US$ 6 milhões [R$ 30,02 milhões]. Será que valeu mesmo a pena gastar US$ 6 milhões do dinheiro do contribuinte para me colocar na prisão? A sociedade ficou melhor?", questionou ele, lembrando que ficou "famoso", quando "ninguém nunca ouviu falar de mim antes de eu ir para a prisão".
Agora ele escreve artigos "que são publicados o tempo todo nos principais veículos de imprensa".
"Tenho outra tribuna de honra por causa deles. […] Então será que eles realmente querem correr esse risco com Julian Assange?"
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