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Lula volta a acusar governo de Israel de genocídio e endossa criação do Estado palestino (VÍDEOS)

© Sputnik . Lucas MoraisPresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no lançamento do novo edital do Programa Petrobras Cultural no Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2024
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no lançamento do novo edital do Programa Petrobras Cultural no Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 23.02.2024
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Durante lançamento do novo edital do Programa Petrobras Cultural no Rio de Janeiro, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira (23), declarou mais uma vez que o que Israel faz na Faixa de Gaza não é guerra, mas genocídio. Conflito já provocou a morte de mais de 30 mil pessoas em quatro meses.
Na segunda agenda do dia no Rio de Janeiro, após participar da inauguração do Terminal Gentileza, na zona portuária, o presidente Lula esteve no lançamento do novo programa cultural da Petrobras que vai conceder R$ 250 milhões em financiamentos.
Na ocasião, Lula voltou a criticar a atuação de Israel frente ao conflito na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 90% da população em situação de fome, além de 100 mil pessoas mortas, feridas ou desaparecidas.

"Quero dizer pra vocês que da mesma forma que o quando estava preso não aceitava nenhum acordo para sair da cadeia, porque eu não trocava a minha dignidade pela minha liberdade, eu quero dizer pra vocês agora que eu não troco a minha dignidade pela falsidade. Quero dizer pra vocês que sou favorável à criação do Estado Palestino, livre e independente, e posso ter o Estado Palestino convivendo com o Estado Israel", afirmou Lula sob aplausos do público, que contou com artistas, ministros e autoridades de Estado.

Para Lula, o que o governo de Israel faz com o povo palestino, que é bombeado diariamente pelo Exército sob a justificativa de destruir o Hamas, não é uma guerra, mas um genocídio contra homens, mulheres, trabalhadores e crianças. O presidente disse ainda que a fala do último fim de semana, após reunião da cúpula da União Africana na Etiópia, foi mal interpretada.
Na ocasião, Lula comparou o conflito ao Holocausto do regime de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial, quando mais de 6 milhões de pessoas morreram.
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"Tem que interpretar a entrevista que eu dei, leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse. O que está acontecendo em Israel é um genocídio, são milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas, e não está morrendo um soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro do hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio, eu quero dizer pra vocês o que é", defendeu.

Conselho de Segurança da ONU 'não representa nada'

Lula também comentou sobre uma das principais propostas do Brasil para a presidência do G20 neste ano, que é a reforma da governança global. Mesmo diante da magnitude de uma guerra como a de Gaza, o presidente criticou a falta de efetividade das ações da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Conselho de Segurança.

"O Conselho de Segurança da ONU hoje não representa nada, não toma decisão para nada e não faz mais nada. Teve uma proposta aprovada pelo ministro Mauro Vieira [em outubro do ano passado] que teve 12 votos favoráveis, duas abstenções e um voto contra dos Estados Unidos, que depois de votar contra, simplesmente vetou, porque tem o direito do veto. Ontem foi aprovada outra decisão que teve 13 votos a favor, um voto contra e uma abstenção, um voto contra dos Estados Unidos, que vetou a proposta. A lógica da ONU não é agir de forma democrática”, criticou.

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Evento cultural da Petrobras

As declarações do presidente Lula aconteceram durante o lançamento do edital do programa Petrobras Cultural, que terá o maior investimento da história.
Criado para financiar projetos que valorizem a economia criativa e a diversidade, o Programa Petrobras Cultural teve as inscrições iniciadas nesta sexta-feira (23) e a expectativa é que sejam encerradas em 8 de abril. Ao todo, serão destinados R$ 250 milhões através da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual para projetos e iniciativas culturais.
Neste ano, o objetivo da iniciativa é valorizar as regionalidades, com o elemento brasilidade como norteador.
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