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EUA compram petróleo da Venezuela por falta de energia da Rússia, diz American Petroleum Institute

© Sputnik / Maksim BogodvidMacacos de bomba em campo de petróleo de propriedade da empresa russa Tatneft, perto de Almetyevsk, na república do Tatarstão, Rússia
Macacos de bomba em campo de petróleo de propriedade da empresa russa Tatneft, perto de Almetyevsk, na república do Tatarstão, Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 01.02.2024
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As refinarias de petróleo dos EUA precisam comprar petróleo da Venezuela devido às sanções de Washington que proíbem o uso da energia da Rússia, aumentando a pressão sobre o setor, disse Mike Sommers, chefe do American Petroleum Institute (API), em entrevista à consultora S&P Global.

"Abandonamos voluntariamente o petróleo russo, e precisamos obtê-lo de algum lugar. Por isso as refinarias americanas começaram novamente a olhar para a produção venezuelana", disse o chefe da associação, que reúne 600 empresas do setor de petróleo e gás do país.

Para Sommers, o esforço da administração Biden para impor um limite de preço ao petróleo russo era bem-intencionado, mas acabou sendo malsucedido.

"Já está provado que não está funcionando", disse.

Segundo ele, que já atuou como conselheiro do ex-presidente dos EUA George W. Bush, as refinarias americanas continuarão dependentes do petróleo pesado importado, uma vez que a atual infraestrutura de processamento foi originalmente criada para esse tipo de produto.
A construção da última refinaria nos Estados Unidos ocorreu em 1976, e "é muito difícil para as empresas obterem licenças não só para a construção de novas instalações, mas também para a conversão das existentes", informou ele. Ao todo, 134 empresas operam atualmente.

"É muito caro reequipar essas refinarias, então acho que você verá as refinarias americanas procurando petróleo em todo o mundo", acrescentou. "É um ambiente desafiador para as refinarias, […] dado que a demanda por gasolina está aumentando. Não seria bom que nenhuma delas fechasse."

Uma chama queima em uma refinaria então operada pela Shell e atualmente de posse da mexicana Pemex, em Deer Park, Texas, EUA, 31 de agosto de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 06.11.2023
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Sanções à Rússia: tiro no pé?

Desde o começo da operação militar especial russa na Ucrânia, o Ocidente, liderado pelos países do G7, massacram a Rússia com sanções econômicas. No entanto, novos clientes e novas rotas comerciais garantem a manutenção do sucesso da exportação russa de petróleo.
Na tentativa de enfraquecer Moscou através de uma guerra por procuração usando Kiev, os países-membros do grupo, nomeadamente Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Japão e Reino Unido, estabeleceram uma série de regras para prejudicar a exportação do petróleo russo.
No entanto, mesmo com toda a pressão, a Rússia tem evitado com sucesso as sanções à maior parte das suas exportações e atualmente exporta a commodity além do limite de US$ 60 (R$ 301) por barril, alcançando valores que chegam a US$ 100 (R$ 502).

Sanções à Venezuela: meia-volta, volver

Em outubro do ano passado, os EUA aliviaram temporariamente algumas sanções sobre o petróleo, o gás e o ouro venezuelanos. A medida foi adotada depois que o governo de Nicolás Maduro e a oposição fecharam um acordo sobre as eleições deste ano no país latino.
Na semana passada, a Justiça venezuelana impediu a principal a candidata da oposição, María Corina Machado, de concorrer à presidência. Washington ameaçou retomar as sanções, mas a maioria dos investidores em títulos manteve as suas apostas em as sanções permanecerem suspensas.
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