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Hamas envia delegação ao Egito para discutir plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza

© AP Photo / Adel HanaPalestinos tentam salvar objetos pessoais em meio a destroços de prédio atingido por ataque israelense. Faixa de Gaza, 18 de dezembro de 2023
Palestinos tentam salvar objetos pessoais em meio a destroços de prédio atingido por ataque israelense. Faixa de Gaza, 18 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 28.12.2023
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Após quase três meses de bombardeios diários israelenses que já deixaram quase 21 mil palestinos mortos só na Faixa de Gaza, uma delegação do Hamas deve chegar ao Cairo, capital do Egito, na sexta-feira (28) para discutir um plano de cessar-fogo elaborado pelo país.
O plano egípcio prevê a libertação escalonada de reféns ainda mantidos em cárcere pelo Hamas, que em troca receberia prisioneiros palestinos, a exemplo do que já ocorreu durante uma semana de pausa humanitária, que terminou no início deste mês.
Além disso, o país que faz fronteira com a Faixa de Gaza e tem recebido milhares de refugiados palestinos — mais de 80% da população ficou desabrigada por conta dos ataques de Israel — pede que todos os movimentos da região sejam chamados para a construção de um plano de reconstrução do território.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já denunciou por diversas vezes que bairros inteiros foram destruídos e os ataques não pouparam sequer hospitais, abrigos e campos de refugiados. Também há diversas denúncias contra Israel por cometer crimes de guerra.
A visita foi confirmada à AFP por um oficial do Hamas baseado no Catar, país que também atuou nas negociações da pausa humanitária há cerca de um mês.

"Uma delegação de alto nível do escritório político do Hamas visitará o Cairo amanhã para se reunir com autoridades egípcias e apresentar a resposta das facções palestinas, incluindo várias observações, ao plano delas", disse.

Entre as exigências do movimento para a libertação dos reféns estão "garantias de uma completa retirada militar israelense de Gaza". Das 240 pessoas sequestradas desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque sem precedentes contra Israel, 80 pessoas já foram liberadas. Na ocasião, que levou o país judeu a declarar guerra, cerca de 1,2 mil pessoas morreram.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne para discutir a situação no Oriente Médio, incluindo a questão palestina, na sede da ONU, em Nova York, em 22 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.12.2023
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Tentativa de cessar-fogo

Diaa Rashwan, que lidera o Serviço de Informação do Estado do Egito, confirmou nesta quinta-feira (28) que Cairo apresentou uma proposta "destinada a reunir as opiniões de todas as partes interessadas, com o objetivo de pôr fim ao derramamento de sangue palestino, parar a agressão contra a Faixa de Gaza e restaurar a paz e a segurança regional".
"Esta proposta compreende três estágios sucessivos e interconectados que levam a um cessar-fogo", disse a declaração de Rashwan.

Solução de dois Estados

Com a escalada da guerra, voltou a crescer a pressão internacional sobre a solução de dois Estados: o de Israel, já implementado, e o da Palestina, cuja população até hoje vive em áreas dominadas militarmente pelo país judeu. O plano, aprovado na primeira metade do século passado na ONU, também prevê domínio internacional sobre Jerusalém.
Caso o acordo avance, o Estado palestino compreenderia os territórios da Cisjordânia, com quase 3 milhões de habitantes, e da Faixa de Gaza, que tem outros 2,3 milhões — aproximadamente 5,3 milhões de pessoas. Porém Israel defende que a região seja desmilitarizada para não ameaçar a sua própria segurança.
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Outra disputa é com relação a Jerusalém: os palestinos defendem que a capital do Estado seja Jerusalém Oriental, que inclui os locais sagrados para muçulmanos, judeus e cristãos, enquanto Israel considera a cidade sua capital "eterna".
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