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Operação militar especial russa
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Putin: a paz chegará quando a Rússia atingir objetivos de sua operação militar especial (VÍDEOS)

© Sputnik / Pavel LisitsynMembros do movimento Guarda Feminina dos Urais assistem à transmissão de Vladimir Putin, presidente da Rússia, durante transmissão da Linha Direita e grande coletiva de imprensa do presidente russo, em Yekaterinburg, Rússia, 14 de dezembro de 2023
Membros do movimento Guarda Feminina dos Urais assistem à transmissão de Vladimir Putin, presidente da Rússia, durante transmissão da Linha Direita e grande coletiva de imprensa do presidente russo, em Yekaterinburg, Rússia, 14 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2023
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Vladimir Putin efetua a conferência de imprensa anual, onde tradicionalmente faz um balanço da situação da Rússia na arena internacional. Este ano, em formato misto com a Linha Direta, na qual responde às perguntas dos cidadãos.
Não é possível a Rússia existir sem soberania, o principal objetivo é reforçá-la, disse na quinta-feira (14) o presidente russo Vladimir Putin.
"Eu já disse isso muitas vezes, mas não é pecado me repetir. Para um país como a Rússia, a existência, simplesmente a existência de nosso país sem soberania é impossível. Ele simplesmente não existirá [nesse caso], pelo menos na forma em que existe hoje e na qual existe há mil anos", disse Putin, resumindo os resultados do ano na coletiva de imprensa anual, que decorre em formato misto com a Linha Direta.
"O principal é fortalecer a soberania, mas esse é um conceito muito amplo. Fortalecer, por assim dizer, a soberania externa significa fortalecer a capacidade de defesa do país, a segurança ao longo das fronteiras. Trata-se do reforço da soberania nacional, que significa a garantia incondicional dos direitos e liberdades dos cidadãos do país, o desenvolvimento de nosso sistema político, o parlamentarismo. E, por fim, é garantir a segurança e a soberania na área econômica, a soberania tecnológica", acrescentou o presidente.

Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia

Como a Ucrânia não quer concordar com sua desmilitarização, a Rússia é forçada a usar outras medidas, incluindo militares, afirmou Vladimir Putin.
Ele adicionou que a Ucrânia já não produz quase nada, embora esteja tentando preservar o que resta da indústria.
"Eles recebem tudo, perdoem a palavra, de borla, mas essa borla pode acabar em algum momento. E, ao que tudo indica, está acabando pouco a pouco."
O alto responsável russo indicou que o Ocidente entregou tudo o que havia prometido entregar à Ucrânia e ainda mais, mas que a Rússia destrói esse equipamento militar durante as operações militares.
Quanto à questão da desnazificação, ela segue sendo atual, declarou o presidente da Rússia.
"O chefe do governo atual de Kiev, na frente do mundo inteiro, aplaude de pé um ex-soldado do [grupo paramilitar nazista] SS que esteve diretamente envolvido no Holocausto, no extermínio de um milhão e meio de judeus na Ucrânia, russos e poloneses, aplaude de pé. Isso não é uma manifestação de nazismo? Por isso, a questão da desnazificação é urgente", apontou Putin.

Operação militar especial da Rússia

Haverá paz quando os objetivos da Rússia forem atingidos, respondeu o presidente russo à pergunta sobre quando haverá paz, e lembrou que os objetivos da operação militar especial não mudaram.
"Vou lembrar do que falamos na época: a desnazificação da Ucrânia, sua desmilitarização, seu status de neutralidade", disse Putin.
Os russos e ucranianos são fundamentalmente um só povo, e o que está acontecendo agora nas relações com a Ucrânia parece uma guerra civil, afirmou o presidente russo.
A questão da entrega de drones às Forças Armadas da Rússia está melhorando, a produção interna está crescendo, destacou Vladimir Putin.
"Afinal de contas, temos uma linha de front de quase 2.000 quilômetros. É claro que talvez nem tudo seja entregue no prazo, mas nossa própria produção está crescendo e muito está sendo comprado, inclusive de forma privada, no exterior. O Estado, o Ministério da Defesa e a indústria estão, é claro, trabalhando ativamente", disse ele, respondendo a uma pergunta do correspondente de guerra Dmitry Kulko.
O presidente rejeitou as comparações entre as operações na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
"O que está acontecendo [em Gaza] é, obviamente, uma catástrofe. Falamos há pouco da situação relacionada à crise ucraniana, mas você, todos os presentes aqui e o mundo inteiro podem ver. Olhe para a operação militar especial e para o que está acontecendo em Gaza e sinta a diferença. Não há nada parecido com isso na Ucrânia", detalhou.
"Você mencionou a morte de milhares de mulheres e crianças. O secretário-geral da ONU [António Guterres] chamou a Faixa de Gaza de hoje do maior cemitério de crianças do mundo. Essa avaliação diz muito. Essa é uma avaliação objetiva, que dizer mais?"

Envolvimento ocidental

Ele culpou os EUA por terem levado a cabo e se aproveitado do golpe de Estado de 2014 em Kiev, em colaboração com a Polônia, a Alemanha e a França, e que os últimos fizeram de conta que não sabiam nada.
Ocidente deu tudo prometido à Ucrânia, ainda mais, mas as forças russas já destruíram 747 tanques e 2,3 mil veículos blindados desde o início da "ofensiva" de Kiev, observou o líder russo.
O presidente indicou ainda que a economia russa tem capacidades suficientes para o país seguir avançando com os seus objetivos.
"Essa margem de segurança, sobre a qual também já falamos muitas vezes, mas vou repetir, é garantida por vários componentes. O primeiro, e este é o mais importante, é a alta consolidação da sociedade russa", disse Putin.
"A segunda é a estabilidade do sistema financeiro e econômico do país. Como se viu, foi uma surpresa para os nossos chamados parceiros e, para ser honesto, para muitos de nós também, que nas décadas anteriores a Rússia tivesse acumulado essa reserva de força e estabilidade nas finanças e na economia", detalhou o líder russo.
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