FMI aprova novo empréstimo de US$ 900 milhões para a Ucrânia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta segunda-feira (11) a segunda revisão do programa de financiamento ampliado para a Ucrânia, que prevê um desembolso de US$ 900 milhões (cerca de R$ 4,4 bilhões) para financiar o país no conflito com a Rússia e ajudar com o problema da balança de pagamentos estatais.

"O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional concluiu hoje a consulta do Artigo IV de 2023 e concluiu a segunda avaliação do acordo EFS [mecanismo alargado do FMI] para a Ucrânia. A conclusão da segunda avaliação permite às autoridades retirar imediatamente um montante de aproximadamente US$ 900 milhões", informa o comunicado.

Em 31 de março, o FMI aprovou um programa de empréstimo de US$ 15,6 bilhões (cerca de R$ 83 bilhões) a Kiev por um período de quatro anos. Foi o maior empréstimo para a Ucrânia e o primeiro pacote de financiamento significativo do FMI para um país envolvido em um conflito.

Gastos bilionários com a Ucrânia

O governo dos EUA confirmou que até agora gastou mais de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 490 bilhões) em ajuda à Ucrânia enquanto prossegue o seu conflito com a Rússia, informou a emissora Fox News, citando um documento do Escritório de Administração e Orçamento (OMB, na sigla em inglês) da Casa Branca.

Apesar dos bilionários financiamentos, a Ucrânia tem tido consecutivas baixas e derrotas no campo de batalha. O país, no entanto, segue resistindo a negociar com a Rússia e se endividando com os países do Ocidente.

A operação militar especial russa na Ucrânia acontece desde fevereiro de 2022. Apesar da injeção de bilhões em recursos por países da União Europeia (UE) e dos EUA ao governo de Vladimir Zelensky, poucos avanços foram registrados. Houve consecutivas baixas e derrotas no campo de batalha, assim como diversas denúncias de desvio de dinheiro.

Zakharova: paz só depende da Ucrânia

A representante oficial do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou em uma entrevista neste fim de semana que a paz duradoura na Ucrânia só será possível se o Ocidente interromper o fornecimento de armas e se Kiev "reconhecer as novas realidades territoriais".

A diplomata lamentou a falta de "vontade política de paz" por parte dos ucranianos e do Ocidente, afirmando que as autoridades de Kiev "rejeitam as iniciativas de mediação de paz apresentadas nos últimos meses por vários países", informou ela em seu canal no Telegram após entrevista cedida à agência AFP.