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Sem solução de dois Estados, o conflito Israel-Palestina será o motor da instabilidade, dizem EUA

© AP Photo / Fatima ShbairMulher palestina busca abrigo em Khan Yunis, cidade destruída parcialmente pelos bombardeios israelenses, em 2 de dezembro de 2023
Mulher palestina busca abrigo em Khan Yunis, cidade destruída parcialmente pelos bombardeios israelenses, em 2 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 02.12.2023
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Principal aliado de Israel no conflito que já deixou mais de 16 mil palestinos mortos só na Faixa de Gaza desde o início de outubro, os Estados Unidos defenderam a solução de dois Estados para o fim da guerra que abala a estabilidade na região. A declaração é do secretário de defesa norte-americano, Lloyd Austin.
“[A] solução de dois Estados continua a ser a única forma viável de sair deste conflito trágico. E sem um horizonte de esperança, o conflito Israel-Palestina continuará a ser um motor de instabilidade, insegurança e sofrimento humano”, afirmou durante o Fórum de Defesa Nacional Ronald Reagan, na Califórnia.
Além disso, Austin reafirmou o apoio aos israelenses e disse que essa é uma questão inegociável.
O governo do presidente Joe Biden defende a inclusão dos territórios da Cisjordânia, com quase três milhões de habitantes, e da Faixa de Gaza, que tem outros 2,3 milhões — aproximadamente 5,3 milhões de pessoas. Porém, Israel quer que a região seja desmilitarizada para não ameaçar a sua própria segurança.
Outra disputa é com relação a Jerusalém: os palestinos defendem que a capital do Estado seja Jerusalém Oriental, que inclui os locais sagrados para muçulmanos, judeus e cristãos, enquanto Israel considera a cidade sua capital "eterna".
Desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque sem precedentes contra o território israelense e provocou a morte de 1,2 mil pessoas, a Faixa de Gaza convive com uma das guerras mais sangrentas das últimas décadas.
Os bombardeios das Forças de Defesa de Israel já fizeram mais de 1,7 milhão de palestinos da região deixarem suas casas — ou 80% da população local.
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Com isso, voltou a crescer a pressão internacional sobre a solução de dois Estados: o de Israel, já implementado, e da Palestina, cuja população até hoje vive em áreas dominadas militarmente pelo país judeu. O plano aprovado na primeira metade do século passado, em 1947, na ONU também prevê domínio internacional sobre Jerusalém.
Na semana passada, o Catar mediou um acordo entre Israel e o Hamas para uma trégua temporária e a troca de alguns dos prisioneiros e reféns, além da entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A trégua foi prorrogada várias vezes, mas na sexta (1), os militares israelenses retomaram os combates após acusar o movimento de ter violado a pausa ao abrir fogo contra o território israelita.
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ONU diz que é um movimento 'irreversível'

Na data em que a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a criação dois estados, um judeu e outro árabe, no Oriente Médio completou 76 anos, na última quarta-feira (29), a entidade voltou a pedir que a comunidade internacional avance para que a medida seja implementada como solução para o conflito entre Israel e Hamas.
A declaração foi diretora-geral do escritório das Nações Unidas em Genebra, Tatiana Valovaya, que representou o secretário-geral António Guterres no Dia de Solidariedade ao Povo Palestino.
"Já passou da hora de avançarmos de forma determinada e irreversível em direção a uma solução de dois Estados, com base nas resoluções das Nações Unidas e no direito internacional", enfatizou.
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