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Hamas diz que bombardeou Tel Aviv em resposta às mortes de civis em Gaza

© AP Photo / Leo CorreaMísseis interceptados no céu da região Sul, próximo a Tel Aviv. Israel, 2 de dezembro de 2023
Mísseis interceptados no céu da região Sul, próximo a Tel Aviv. Israel, 2 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 02.12.2023
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Com quase 200 palestinos mortos na Faixa de Gaza desde o fim da trégua na guerra entre Hamas e Israel, na última sexta-feira (1), o movimento confirmou neste sábado (2) que realizou disparos de foguetes contra Tel Aviv em resposta aos ataques israelenses contra a população civil.
"As Brigadas Al-Qassam bombardeiam Tel Aviv com mísseis em resposta aos massacres sionistas contra civis", disse a ala militar no Telegram.
Conforme um correspondente da Sputnik em Israel, as sirenes de ataque aéreo voltaram a soar na parte central do país pela primeira vez em 11 dias. Em Tel Aviv e cidades nos arredores, o sistema de defesa antimísseis Iron Dome foi ativado e há relatos de explosões no céu por conta das interceptações dos foguetes.
As Forças de Defesa de Israel informaram que os alarmes sobre eventuais ataques foram ativados em toda a área metropolitana, que tem mais de 460 mil moradores. O sistema também está em funcionamento em várias cidades da parte central do país.
Apesar dos ataques, não há relatos de quedas de mísseis ou vítimas. O conflito começou no dia 7 de outubro após bombardeios do Hamas que driblaram o sistema de defesa israelense e provocaram a morte de 1,2 mil pessoas.
Só na Faixa de Gaza, mais de 16 mil palestinos já morreram por conta das operações por terra e ar de Israel, que fizeram mais de 80% da população de 2,3 milhões de pessoas ficarem desabrigadas. A região norte, que tem mais habitantes no território, é a mais atingida.
Esta foto de longa exposição tirada do sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, mostra explosões no território palestino durante os ataques israelenses, enquanto as batalhas resumidas entre Israel e militantes do Hamas em 2 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 02.12.2023
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Os ataques israelenses não pouparam sequer hospitais, escolas, campos de refugiados e até abrigos da Organização das Nações Unidas (ONU). Moradores da região sul de Gaza também relataram neste sábado que não há lugar seguro, principalmente na cidade de Khan Younis.
Após acordo entre Hamas e Israel, a pausa humanitária durou pouco mais de uma semana para a libertação de reféns e prisioneiros palestinos, além da chegada mais intensa de alimentos, combustíveis e água. Porém, os israelenses retomaram os ataques na sexta (1) após anunciarem que o movimento quebrou a negociação, que aconteceu com o apoio do Catar.
Das cerca de 220 pessoas capturadas pelo Hamas, 80 israelenses e outros 20 estrangeiros foram libertadas da Faixa de Gaza durante a trégua. Além disso, 210 palestinos foram soltos das prisões pelo país judeu.

Pressão pela renúncia de Netanyahu

Pesquisas recentes apontam que quase 80% dos israelenses acreditam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deveria renunciar, mas somente após a guerra. Isso por conta do fracasso em garantir a segurança do país durante o ataque surpresa do Hamas.
O porta-voz do Ministério Nasser Kanaani em Teerã 11 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.12.2023
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Em resposta, às Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma operação contra o Hamas. Em poucos dias, os militares tomaram o controle de todas as localidades na fronteira com Gaza e começaram a realizar ataques aéreos em alvos, incluindo civis, no território do enclave. Além disso, o país anunciou o bloqueio total da Faixa de Gaza, interrompendo o fornecimento de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.
No final de outubro, começou a fase terrestre da operação israelense no enclave. A cidade de Gaza foi cercada por forças terrestres israelenses, e o enclave foi efetivamente dividido em partes sul e norte.
O conflito palestino-israelense, relacionado a interesses territoriais, tem sido fonte de tensões e conflitos na região por muitas décadas. A decisão da ONU de 1947 determinou a criação de dois estados, Israel e Palestina, mas apenas o israelense foi estabelecido.
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