EUA pedem libertação de embarcação 'ligada à Israel' capturada por houthis no mar Vermelho

Os Estados Unidos exigem rápida libertação de navio com ligações a Israel, bem como sua tripulação, capturado pelos rebeldes houthi, no mar Vermelho.

As informações foram divulgadas pelo porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, nesta segunda-feira (20).

"A apreensão do navio a motor Galaxy Leader pelos houthi no mar Vermelho é uma violação flagrante do direito internacional. Exigimos a libertação imediata do navio e da sua tripulação e consultaremos os nossos aliados e parceiros da ONU [Organização das Nações Unidas], conforme apropriado, sobre os próximos passos", disse Miller.

No domingo, o movimento Ansar Allah (houthis), que governa o norte do Iêmen, relatou a captura do navio Galaxy Leader, com "alegada ligação" ao Estado judaico.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou a captura da embarcação, de propriedade de empresa britânica e operada por empresa japonesa, pela qual ele atribuiu a culpa ao Irã.

As Forças de Defesa de Israel (FDI), no entanto, indicaram que o navio não era israelense e os seus tripulantes não incluíam quaisquer cidadãos de Israel.

A captura

Os rebeldes houthis iemenitas teriam assumido o controle do navio de carga que seguia da Turquia a caminho da Índia, conforme apurado pela Sputnik. A embarcação está registrada sob a bandeira das Bahamas.

Estima-se que há pelo menos 25 tripulantes a bordo, mas nenhum é israelense. Todos são considerados civis. No entanto, o canal libanês Al Mayadeen informou que havia 52 pessoas a bordo do navio quando ele foi apreendido.

O Pentágono já afirmou estar ciente da captura, que ocorreu com uso de um helicóptero, conforme divulgou a emissora norte-americana NBC News.

Um dos responsáveis havia revelado à Sputnik os objetivos da ação. "Nosso alvo não são os navios do inimigo israelense, é ele que está praticando genocídio contra nossos parentes na Faixa de Gaza, e é assim que nossas Forças Armadas podem chegar até ele. Quanto à tripulação, eles estão sendo tratados de acordo com os princípios e valores islâmicos."

"Caso não sejam israelenses, eles serão tratados como convidados", anunciou Huzam al-Asad, membro do comitê político do grupo Ansar Allah.