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Operação militar especial russa
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Exército da Ucrânia quer renúncia de Zelensky, diz ex-assessor da presidência do país

© AP Photo / Andreea AlexandruVladimir Zelensky, presidente ucraniano, em coletiva de imprensa em Bucareste. Romênia, 10 de outubro de 2023
Vladimir Zelensky, presidente ucraniano, em coletiva de imprensa em Bucareste. Romênia, 10 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.11.2023
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Oleg Soskin, ex-conselheiro do presidente ucraniano Leonid Kuchma (1994–2005), garantiu nesta segunda-feira (13) nas redes sociais que o Exército do país quer a renúncia do presidente Vladimir Zelensky. Na semana passada, o chefe do Executivo anunciou o cancelamento das eleições no país por conta da operação militar especial russa.
Em um vídeo, Oleg Soskin lembra que a contraofensiva anunciada por Zelensky completa seis meses em dezembro sem qualquer avanço. Além disso, o ucraniano pontuou que parlamentares já disseram que Kiev vai tentar iniciar processos criminais contra um grupo de generais.

"Os generais vão obedecer, vão se comportar como ovelhas que vão para o matadouro? Acho que no ambiente militar tudo já amadureceu, e eles querem que Zelensky, por assim dizer, se aposente", disse o ex-conselheiro.

O deputado ucraniano Aleksei Goncharenko alertou também nesta segunda que o gabinete de Vladimir Zelensky iniciou um movimento com relação ao bloco militar do país, que, segundo o jornal Strana.ua, tem conversado sobre uma possível candidatura do comandante em chefe das Forças Armadas, Valery Zaluzhny. Segundo o parlamentar, ações processuais serão realizadas nos próximos dias contra militares do alto escalão do Exército ucraniano.
Já o Washington Post publicou que Zaluzhny é extremamente popular no país e pode representar uma ameaça ao atual presidente ucraniano caso inicie uma carreira política. Conforme o jornal, recentes declarações do militar mostraram o impasse para um "avanço profundo" das tropas ucranianas. Zelensky tentou amenizar o discurso, dizendo que os militares estavam cansados, como um dos sinais indiretos do conflito entre eles.
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Exército já perdeu mais de 90 mil militares

A contraofensiva começou em 4 de junho, e, depois de três meses, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a frente ucraniana não estava apenas "estagnada", mas também era um fracasso. Até o início de outubro, Kiev perdeu mais de 90 mil militares das Forças Armadas, entre mortos e feridos.
Segundo o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, o Exército ucraniano não conseguiu atingir seus objetivos em nenhuma das áreas.

'Derrubado em um golpe ou morto'

Para o editor-chefe da revista norte-americana CovertAction, Jeremy Kuzmarov, o cancelamento das eleições na Ucrânia pode levar a um golpe de Estado no país.
Autor de cinco livros sobre a política externa dos Estados Unidos, principal fiador do conflito na Ucrânia, Kuzmarov acrescentou à Sputnik que Zelensky não é popular no país e perderia as eleições caso fossem abertas e justas.
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Nos últimos meses, escândalos de corrupção no regime de Zelensky fizeram autoridades do alto escalão renunciarem: quatro vice-ministros, cinco governadores regionais e assessores.
Além de denúncias de suborno e compra de alimentos superfaturados em meio ao conflito, funcionários de Kiev adotam um estilo de vida luxuoso que não condiz com seus vencimentos. Em 2021, o país ficou na 122ª posição, entre 180 nações, do ranking Transparência Internacional, que mede a escala de corrupção nos países.
O especialista norte-americano enfatizou ainda que, em vez de estar na linha de frente com o seu povo, Zelensky passa a maior parte do tempo em busca de ajuda militar estrangeira, cada vez mais escassa.
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