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Bolívia inaugura 2ª etapa do centro de pesquisa nuclear mais alto do mundo, com apoio da Rosatom

© SputnikInauguração da segunda etapa do centro de pesquisa em energia nuclear na Bolívia. El Alto, 25 de outubro de 2023
Inauguração da segunda etapa do centro de pesquisa em energia nuclear na Bolívia. El Alto, 25 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 25.10.2023
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A Bolívia inaugurou nesta quarta-feira (25) parte da estrutura nuclear mais alta do mundo: o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear (CIDTN), em El Alto, a uma altitude de 4 mil metros acima do nível do mar. Na cerimônia ainda foi dada a largada para a construção do recipiente do primeiro reator de pesquisa nuclear no país.
O projeto é da empresa estatal russa Rosatom, a maior do mundo no segmento. Além do presidente da Bolívia, Luis Arce, o evento teve a participação por videoconferência do diretor-geral da Rosatom, Aleksei Likhachev. O novo complexo de reatores, que tem equipamentos de fabricação russa, vai permitir que o país realize pesquisas científicas na área nuclear, com o desenvolvimento de setores cruciais para a economia boliviana, como a indústria de lítio — a Bolívia tem a maior reserva do metal no mundo, que representa 21% do total.
Arce destacou também a importância do centro para a agropecuária e as exportações bolivianas, o que vai ajudar a alcançar os padrões exigidos nos mercados internacionais. "Um centro de irradiação não seria possível sem a cooperação que tivemos com nosso país irmão, a Rússia, e neste caso a empresa Rosatom, que está nos ajudando", acrescentou o presidente.
Já Aleksei Likhachev pontuou que a instalação do reator de pesquisa em El Alto — segunda maior cidade da Bolívia, com quase 1 milhão de habitantes, é a metrópole mais alta do mundo — é um recorde para toda a indústria nuclear global.
"Isso foi possível graças à cooperação bem-sucedida com nossos parceiros bolivianos, além, claro, das soluções únicas de design e engenharia implementadas pela Rosatom", disse o diretor-geral.
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O dirigente russo lembrou ainda da importância da operação comercial do Centro de Irradiação Multiuso da estrutura.
"Estamos muito felizes que a Bolívia, com o apoio da Federação da Rússia, tenha introduzido com sucesso tecnologias nucleares avançadas nos setores socialmente significativos da sua economia", afirmou.
O projeto do CIDTN, além de um reator de pesquisa nuclear laboratorial e do Centro Multiuso de Irradiação, inclui os complexos para a produção de radiofármacos (usados para diagnóstico ou tratamento de doenças) e de radiobiologia (área da ciência que estuda os efeitos biológicos da radiação ionizante). A expectativa é que todas as unidades estejam prontas até 2025.

Cooperação russa com a América Latina

A construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear da Bolívia é um dos projetos mais importantes da cooperação entre a Rússia e os países da América Latina na área tecnológica. O contrato com a Rosatom foi assinado em 2017 pela Agência Boliviana de Energia Nuclear.
Já foi concluída a implantação da primeira e da segunda etapas do projeto: a construção do Complexo Ciclotron-Radiofarmácia e do Centro Multiuso de Irradiação. Paralelamente, continuam as obras de construção e instalação da terceira e da quarta etapas do centro, que incluem o complexo do reator e os edifícios dos laboratórios.
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A proposta é oferecer uma série de soluções de alta tecnologia a diversos setores da economia, incluindo diagnóstico e tratamento do câncer; processamento de produtos agrícolas para garantir a segurança alimentar; esterilização de produtos médicos; pesquisas na área de ecologia e uso racional dos recursos naturais; estudo das propriedades de diversos materiais; e formação de especialistas da indústria nuclear na Bolívia.
Apesar das sanções internacionais, a implementação de grandes projetos energéticos russos com parceiros estrangeiros continua a todo vapor. A expectativa é que só a Rosatom tenha participação em cerca de 40% da infraestrutura mundial de produção de energia nuclear, com investimentos na construção de novas plantas em países como França e Índia.
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