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Por que a Índia tanto procura o drone MQ-9 Reaper fabricado nos EUA?

© AP Photo / Alex BrandonUm modelo do General Atomics Predator B MQ-9 Reaper, veículo aéreo não tripulado, está em exibição no Rayburn House Office Building em Capitol Hill, em Washington
Um modelo do General Atomics Predator B MQ-9 Reaper, veículo aéreo não tripulado, está em exibição no Rayburn House Office Building em Capitol Hill, em Washington - Sputnik Brasil, 1920, 05.06.2023
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O modelo foi o equipamento enviado pelos norte-americanos para assassinar o general iraniano Qassem Soleimani em 2020. Suas configurações permitem boa vigilância de áreas de grande altitude, algo que interessa a Índia pela geologia de suas fronteiras.
Nesta segunda-feira (5), Índia e Estados Unidos concluíram um roteiro para a cooperação na indústria de defesa para os próximos anos, em um movimento histórico que deve reforçar as ambições de fabricação de defesa de Nova Deli.
O roteiro também é visto como uma ação norte-americana para tentar afastar o Estado indiano de sua tradicional negociação com a Rússia no setor de suprimentos de defesa, relata a Reuters. Entretanto, no que diz respeito aos EUA, o governo de Narendra Modi tem uma busca antiga e especial por um tipo de drone: o MQ-9 Reaper.
Em novembro 2020, a Marinha indiana alugou dois modelos destes drones para reconhecimento e vigilância, após um impasse na fronteira com a China na região leste de Ladakh.
Inicialmente, a Índia planejou adquirir 30 drones MQ-9 – dez para cada força: Exército, Força Aérea e Marinha. Mas o número foi reduzido para 18 agora, com seis para cada força. No dia 21 de junho, o premiê Modi visitará Washington, e está sendo ventilado que possivelmente o acordo para os drones estará na mesa de negociação.
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O MQ-9 Reaper tem vários modelos, incluindo um chamado Sea-Guardian (MQ-9B), sua versão naval, que a Marinha indiana tem disputado nos últimos dois anos para aprimorar suas capacidades, principalmente à luz da crescente influência chinesa na zona do Oceano Índico.

Mas por que Nova Deli procura tanto por esse drone?

O Reaper, também conhecido como Predador B, é o primeiro de seu tipo no que diz respeito aos veículos aéreos não tripulados. O equipamento foi desenvolvido para auxiliar a Força Aérea dos Estados Unidos na vigilância de áreas de grande altitude por um período prolongado, visto que pode permanecer no ar por 27 horas.
O drone tem um alcance operacional de zero a 50.000 pés e pode viajar a uma velocidade de 240 nós de velocidade real (KTAS), que é a velocidade de um avião conectado à massa de ar.
Alimentado por um motor de 712 quilowatts, o Reaper pode transportar uma carga útil de 1.746 quilos. Armado com mísseis Hellfire guiados com precisão, ele também pode atacar profundamente o território inimigo e eliminar alvos de alto valor sem envolver tropas no solo.
De acordo com a fabricante do drone, a General Atomics, o Reaper foi construído principalmente para "executar Inteligência, vigilância e reconhecimento multimissão em terra ou mar".
Ainda segundo a empresa, ela está desenvolvendo um MQ-9 com autonomia de 40 horas para o Corpo de Fuzileiros Navais norte-americano. A aeronave está programada para ser introduzida à força no final de 2023.
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O que coloca o MQ-9 Reaper entre os drones militares mais mortíferos?

Esses drones foram extensivamente usados ​​no Afeganistão e no Iraque durante a infame "guerra ao terror" do ex-presidente George W. Bush em 2003, após os ataques terroristas de 11 de setembro.
Eles visavam neutralizar as forças anti-EUA e os chamados "terroristas" nas nações agora devastadas pela guerra, embora as alegações de baixas civis devido ao uso desses drones ainda estejam assombrando a liderança militar norte-americana.
Entre alguns dos supostos alvos importantes mortos em ataques de drones MQ-9 Reaper estão o fundador do Daesh (organização extremista proibida na Rússia), Abu Bakr al-Baghdadi, e o chefe militar da Al-Qaeda, Mohammed Atef.
O altamente respeitado general iraniano Qassem Soleimani também foi morto em um ataque direcionado estadunidense com este drone em janeiro de 2020 em Bagdá.

Qual é o equivalente da Rússia ao drone Predador?

Desenvolvido pelo Grupo Kronstadt da Rússia, o Orion é o equivalente de Moscou ao drone Predador.
A empresa de defesa russa, Kronstadt, chama o Orion de "veículo aéreo não tripulado de longa duração", especializado em inteligência aérea diurna e noturna, vigilância e missões de reconhecimento.
Com um alcance de voo de 250 quilômetros, o Orion pode não apenas rastrear aeronaves inimigas, mas também as destruir com a ajuda de seus aviônicos avançados e munição de precisão.
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A Índia é o maior importador de armas do mundo, e tem estreitos acordos com a Rússia para quase metade de seus suprimentos militares. Contudo, nos últimos tempos, tem diversificado cada vez mais suas fontes para comprar de Washington, França, Israel, entre outros.
Nova Deli também quer que os fabricantes globais de defesa façam parceria com empresas indianas e produzam armas e equipamentos militares na Índia para consumo local, bem como para exportação.
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