DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
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Encontrada na Colômbia uma bebê enterrada em urna funerária de mais de 1.600 anos (FOTOS)

© AP Photo / Rodrigo AbdСaminhada para acampamento escondido no estado de Antioquia, no noroeste dos Andes da Colômbia
Сaminhada para acampamento escondido no estado de Antioquia, no noroeste dos Andes da Colômbia - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2023
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Durante trabalhos de arqueologia preventiva, na sequência de construção da autoestrada 4G Pacífico 1, os especialistas encontraram uma bebê, de entre nove e 12 meses de idade, enterrada em uma urna funerária que data de um período situado por volta de 300 d.C.
A descoberta, realizada em uma montanha da região colombiana de Bolombolo, Antioquia, resulta ser o primeiro enterro deste tipo que se conhece na região, informa El Colombiano.

A descoberta

Durante o monitoramento arqueológico, encontraram na colina o corpo de uma mulher que tinha do seu lado esquerdo um vaso completo que parecia uma urna funerária. No interior do vaso encontraram um corpo de criança completo que não foi submetido ao fogo, o que era prática usual para esse período histórico, explica Breshnev Villada Gómez, arqueólogo encarregado dos achados na rodovia. O corpo estava inteiro, com os braços cruzados e agachado, e se manteve nessa posição graças a que a vasilha foi enchida com terra.
Um grupo de arqueólogos encontrou em Bolombolo uma urna funerária com uma bebê dentro, de 1.640 anos de antiguidade. Conheça os detalhes

As análises

Os estudos de datação por radiocarbono revelaram que ele tinha 1.640 anos (toma-se como referência o ano de 1950 para parametrizar qualquer descoberta). Foi possível estabelecer que a mulher tinha entre 30 e 40 anos.
As marcas nos ossos indicavam dietas de muitos grãos e poucas proteínas, por isso provavelmente enfrentava desnutrição. Os testes de DNA mostraram que a mulher era a mãe da menina. Por sua vez, a bebê tinha alcançado desenvolvimentos muito pequenos dos músculos e esqueleto. A coloração violeta nos dentes indicava anemia, o que foi confirmado por um patologista dentário.

Hipótese sobre seu enterro

Segundo os especialistas, nessas culturas pré-colombianas assentadas na região era comum que, quando não havia alguém para cuidar de um menor, se realizava um ritual de sacrifício e se enterravam as crianças com seus pais falecidos.
"Nossa hipótese de trabalho é que tudo o que está relacionado com esse enterro, a condição física, o ritual funerário, a elaboração dos vasos com certa rapidez, leva-nos a indicar que o enterro da menina foi diferente, porque a comunidade quis que seu caminho ao outro mundo não intercedesse com o mundo dos vivos", indica Villada.

"Estas peças nos abrem um novo mundo de possibilidades que não estavam identificadas, porque o que buscamos em arqueologia é estabelecer padrões, regularidades entre períodos, lugares e grupos humanos. É uma descoberta nova que traz novos dados do conhecimento do passado, da ancestralidade de milhares de anos atrás", enfatizou.

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