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Rússia: ações do MD russo permitiram evitar programas biomilitares dos EUA na Ucrânia

© Sputnik / Pavel LisitsynIntegrantes das Tropas de Proteção Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas russas durante exercícios na região de Sverdlovsk, na Rússia, em 2 de março de 2011
Integrantes das Tropas de Proteção Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas russas durante exercícios na região de Sverdlovsk, na Rússia, em 2 de março de 2011 - Sputnik Brasil, 1920, 30.01.2023
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O Ministério da Defesa da Rússia relatou atividades biomilitares dos EUA na Ucrânia, tanto em militares como civis, que diz que estão sendo transferidas agora para países vizinhos.
Os EUA estão encerrando as atividades biomilitares na Ucrânia e vão envolver outros países, disse Igor Kirillov, tenente-general e chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia.

"Como parte das medidas para acabar com as atividades biomilitares na Ucrânia, os Estados Unidos estão engajando ativamente a base material das empresas químicas e farmacológicas da Polônia e dos Estados Bálticos. Além disso, o equipamento foi entregue lá a partir do território ucraniano", apontou na segunda-feira (30) o chefe do ramo pertencente ao Ministério da Defesa da Rússia.

Segundo ele, Washington, Ottawa e Bruxelas transferiram os especialistas ucranianos envolvidos nos programas para os países ocidentais, por medo de que policiais russos descobrissem deles dados de experimentos ilegais.
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"Através de ações ativas do Ministério da Defesa da Rússia, conseguimos parar a realização de programas biomilitares no território da Ucrânia", observou Kirillov, acrescentando que os programas agora também estão sendo mudados para países da Ásia Central, na África e na Ásia-Pacífico, citando o Quênia, Cingapura e Tailândia.
Segundo o tenente-general, "o Ministério da Defesa russo recebeu informações de inúmeros casos de militares ucranianos utilizarem psicoestimulantes e drogas narcóticas, como metadona e anfetaminas. Foram revelados fatos do contrabando de morfina para as áreas onde as missões de combate são realizadas".
Igor Kirillov enunciou então os programas específicos em questão.

"Os programas de pesquisa mais controversos do ponto de vista do direito internacional são implementados pelos Estados Unidos fora do território nacional. Um exemplo são as experiências relacionadas à infecção pelo HIV, que têm sido conduzidas por especialistas americanos em território ucraniano desde 2019", disse, destacando que eles visavam não somente "condenados ou viciados em drogas, mas também representantes das Forças Armadas da Ucrânia".

Outro exemplo citado foi que a empresa EcoHealth Alliance dos EUA procurou desde 2015 novas cepas de coronavírus e mecanismos de transmissão de animais para humanos. Kirillov recordou que o Ministério da Defesa do país informou sobre pesquisas de reforço de agentes patogênicos da COVID-19 na Universidade de Boston, Massachussetts, EUA, financiadas por contribuintes americanos, e que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) pode também ter sido envolvida.
Especialistas da EcoHealth Alliance teriam assim estudado "a diversidade da população de morcegos, buscando novas cepas de coronavírus e mecanismos de transmissão de seus animais para os seres humanos. No total, mais de 2,5 mil cobaias já foram estudadas".
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De acordo com o funcionário do Ministério da Defesa, se os funcionários da empresa detectarem no caso de vírus com propriedades de transmissão ou patogenicidade mais de dez vezes maiores em comparação com uma cepa que ocorre naturalmente, foi recomendado que eles terminassem imediatamente o projeto e informassem os Institutos Nacionais da Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos EUA e os respectivos conselhos de segurança biológica.
"O desenvolvimento da pandemia da COVID-19 neste cenário em particular levanta questões sobre sua natureza deliberada, [sobre] o envolvimento dos EUA neste incidente, e [sobre] os verdadeiros objetivos dos programas biológicos americanos, que visam melhorar as propriedades de patógenos perigosos", disse Kirillov em briefing.
O general lembrou que em 18 de outubro de 2019, dois meses antes dos primeiros relatos oficiais de infecção por um novo coronavírus na China, a Universidade Johns Hopkins em Maryland, EUA, com o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, realizou um exercício Event 201 em Nova York.
O exercício, comentou, foi projetado para lidar com um surto de coronavírus desconhecido anteriormente. Segundo reza a lenda do exercício, a doença foi transmitida de morcegos para humanos através de um hospedeiro intermediário, o corpo de um porco.
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