MD russo apresentou em Genebra provas materiais da atividade biomilitar dos EUA na Ucrânia

Kiev e Washington não apresentaram em Genebra provas de que sua cooperação tenha ajudado a melhorar a situação sanitária e epidemiológica na Ucrânia, que nos últimos 15 anos tem se deteriorado constantemente, disse na segunda-feira (19) Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas russas.

De 5 a 9 de setembro em Genebra ocorreu uma reunião dos Estados-membros da Convenção sobre as Armas Químicas e Biológicas, devido à violação pelos EUA e Ucrânia dos artigos I e IV, convocada por iniciativa da Federação da Rússia.

Durante a reunião, a delegação norte-americana admitiu o fato de terem sido organizados na Ucrânia experimentos biológicos com civis desfavorecidos e pacientes de hospitais psiquiátricos, afirmou Igor Kirillov.

Ao longo da discussão do assunto, "a delegação americana admitiu tais fatos", especificando que o envio de amostras de biomateriais patógenos "não era frequente", acrescentaram na entidade russa.

"O lado ucraniano ignorou totalmente as perguntas sobre os volumes injustificados de agentes biológicos perigosos armazenados na base da entidade [Instituto Mechnikov contra Peste, na Ucrânia] e sobre violações graves das condições de seu armazenamento", constatou Kirillov durante o briefing.

Uma comissão interdepartamental de representantes do Serviço de Segurança da Ucrânia, do Ministério da Política Agrícola e do Serviço Veterinário Estatal da Ucrânia tentou terminar em 2013 os projetos destinados a reduzir a ameaça do Departamento de Estado norte-americano na Ucrânia, mas Kiev não conseguiu resistir à pressão de Washington e cedeu.

Além disso, Kiev e Washington não apresentaram em Genebra provas de que sua cooperação ajudou a melhorar a situação epidemiológica no território ucraniano, a não ser algumas fotos de laboratórios ucranianos reparados.

"Muito provavelmente, além dessas pseudorealizações, nenhum outro resultado foi alcançado", comunicou Kirillov.

O Ministério da Defesa russo propôs iniciativas para fortalecer a Convenção sobre Armas Químicas "devido a que, em resultado da reunião, foi aprovado um relatório 'nulo', sem quaisquer obrigações": um mecanismo de verificação, a criação de um comitê científico e relatórios regulares sobre atividade biológica estrangeira.