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Bolsonaro faz último discurso como presidente do Brasil

© FolhapressJair Bolsonaro durante entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, em Brasília, em 19 de outubro de 2022.
Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, em Brasília, em 19 de outubro de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 30.12.2022
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Pouco antes de deixar o poder, o presidente Jair Bolsonaro fez seu o último pronunciamento em uma transmissão on-line, onde se defendeu das críticas e condenou os atos terroristas em Brasília.
No início do discurso, o presidente brasileiro afirmou que pretendia fazer uma prestação de contas e comentar sobre o atual momento político no país. Ele afirmou que o governo Lula já começará capenga, e que terá muito coisa a fazer para não deixar o Brasil em uma situação complicada.
Ao atacar o próximo governo, o presidente disse que o Brasil terá um futuro muito difícil com sua saída, mesmo que ele não tenha sido ideal.
"O novo governo quer que os impostos voltem a ser cobrados", destacou Bolsonaro, afirmando que a pretensão pela alta dos preços não é culpa de seu governo, mas sim, do novo governo que está chegando.
Como pontos fortes de seu governo, Bolsonaro citou carteira de habilitação, Auxílio Brasil, a inauguração da transposição do rio São Francisco, a criação de novos empregos, a Internet nas escolas, o combate à corrupção e a facilitação do porte de arma "para buscar a paz no campo".
"Se cheguei [à Presidência], teve um propósito. Se você está chateado, está constrangido, se coloque no meu lugar", disse o presidente.

"Quanta vezes eu pergunto onde errei, o que podia ter feito de melhor. Eu tenho convicção: dei o melhor de mim. Muito sacrifício de quem estava do meu lado, em especial a minha esposa [Michelle Bolsonaro], minha filha e enteada [Laura e Letícia]. E vocês também sofreram. Sofrem agora", afirmou Bolsonaro.

Atentado terrorista

No discurso, Jair Bolsonaro disse que a ameaça de bomba "não se justifica", e em seguida criticou a imprensa por identificar o homem preso como "bolsonarista".
"Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista ali na região do aeroporto. Nada justifica. O elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com um cidadão. Massifica, em cima do cara, como 'bolsonarista' o tempo todo", disse o presidente.
Em 24 de dezembro, um caminhão estava próximo ao aeroporto de Brasília quando a polícia foi avisada sobre a presença de um artefato explosivo, que depois foi detonado. O empresário George Washignton de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso por envolvimento no esquema.
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Agenda de costumes

Comentando a questão das armas, Bolsonaro apontou que a facilitação do porte teve responsabilidade na redução das mortes no país. Ele sustentou que o porte de armas reforçou a segurança no país e reduziu o risco de crimes para a população.
Bolsonaro ainda destacou que seu governo resgatou o patriotismo, o respeito à família, liberdade de escolha, respeito às crianças e idosos. O presidente também citou a abertura de um novo colégio militar, aumentando a disciplina nas escolas e a qualidade de ensino dos adolescentes.

Acampamentos em frente a quartéis-generais

O presidente também comentou os acampamentos de apoiadores em frente a quartéis-generais do Exército em cidades do país. Os acampamentos fazem pedidos inconstitucionais, como intervenção militar e reversão do resultado das eleições.
Para Bolsonaro, as manifestações são espontâneas e não são lideradas por ninguém. Ele afirmou que não tem participação nos atos. "Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi", afirmou Bolsonaro.

Economia e Paulo Guedes

O presidente brasileiro disse que reduziu os impostos e facilitou a aberturas de empresas em diversos municípios com a facilitação de alvarás. Ele destacou que o seu governo "domou a inflação", além de zerar os impostos federais dos combustíveis e a imposição de um teto no ICMS.

Morte de Pelé

Bolsonaro também lamentou a morte do rei Pelé, que levou o nome do Brasil pelos "quatro cantos do mundo".
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"Eu tive o prazer de conversar alguns minutos com ele, uma pessoa simples, mas que levou o nome do Brasil para os quatro cantos do mundo. Hoje, o mundo todo chora, e nós também lamentos", afirmou Bolsonaro.

Viagem aos EUA

O pronunciamento desta sexta-feira (30) foi feito próximo à viagem de Jair Bolsonaro para Miami, nos Estados Unidos. Ele pretende tirar um período sabático após deixar o Palácio do Planalto.
A expectativa é que o atual presidente deixe o Brasil até este sábado (31), abrindo mão de participar da cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que retorna para o seu terceiro mandato à frente da Presidência da República em 1º de janeiro de 2023.
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