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Na TV, Bolsonaro diz que 'fez sua parte' na pandemia e respeitará urnas 'se eleições forem limpas'

© Folhapress / Caio Rocha / Zimel PressEm Fortaleza, no Ceará, uma pessoa acompanha a entrevista do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), no Jornal Nacional, 22 de agosto de 2022
Em Fortaleza, no Ceará, uma pessoa acompanha a entrevista do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), no Jornal Nacional, 22 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.08.2022
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Nesta segunda-feira (22), o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), concedeu entrevista no Jornal Nacional, da emissora Globo. Entre várias declarações, Bolsonaro prometeu respeitar as urnas "desde que as eleições sejam limpas e transparentes" e disse que o governo "fez sua parte" na pandemia.
Na primeira de uma série de entrevistas no Jornal Nacional com os principais nomes dos presidenciáveis na corrida eleitoral deste ano, Bolsonaro repetiu diversas afirmações polêmicas que deu ao longo de seu governo. Entre os principais destaques, o presidente citou questionamentos sobre as urnas eletrônicas e defendeu a liberdade de médicos para receitarem tratamentos sem eficácia contra a COVID-19.

Urnas eletrônicas

O presidente Bolsonaro voltou a questionar a lisura do processo eleitoral e defendeu questionamentos que tem levantado em relação às urnas eletrônicas no Brasil. Ao ser questionado sobre o respeito ao resultado das eleições neste ano, o presidente apresentou condições.
"Serão respeitados os resultados das urnas desde que as eleições sejam limpas e transparentes", disse, durante a entrevista.
Recentemente, Bolsonaro convocou uma reunião com embaixadores em Brasília para apresentar diversas. Essas e outras declarações têm gerado temores de que o presidente não respeitará o resultado das eleições caso não saia vitorioso no pleito eleitoral.

Ao ser questionado sobre apoiadores que defendem golpe militar no Brasil, Bolsonaro afirmou que isso se trata de uma questão de liberdade de expressão. "Quando alguns falam em fechar o Congresso, é liberdade de expressão deles", afirmou.
© Foto / Clauber Cleber Caetano / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Encontro com chefes de missão diplomática, 18 de julho de 2022
Encontro com chefes de missão diplomática, 18 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.08.2022
Encontro com chefes de missão diplomática, 18 de julho de 2022

Pandemia da COVID-19

Bolsonaro defendeu que o governo "fez sua parte" durante a crise sanitária, ressaltando a compra de vacinas e o pagamento do auxílio emergencial. Apesar disso, o presidente voltou a defender tratamentos comprovadamente sem eficácia contra a COVID-19 e citou questões contratuais ao ser questionado sobre o atraso na compra de vacinas da Pfizer.
"Fizemos a nossa parte. O grande erro nisso tudo foi um trabalho forte da grande mídia, entre eles a Globo, desestimulando os médicos a fazerem o tratamento precoce", disse Bolsonaro, referindo-se a tratamentos como o uso da cloroquina e hidroxicloroquina, defendidas pelo presidente brasileiro ao longo da pandemia mesmo sem eficácia comprovada.
Bolsonaro também afirmou que não errou ao defender o isolamento apenas de idosos e pessoas com comorbidades durante a fase mais aguda da pandemia — medida cuja eficácia foi amplamente desmentida pela comunidade científica. O presidente ainda defendeu a tese falsa de que o isolamento ajudou a contaminar mais pessoas durante a crise.
© Foto / Carolina Antunes / Presidência da RepúblicaO presidente Jair Bolsonaro recomendou o uso de cloroquina contra a COVID-19. Foto de arquivo
O presidente Jair Bolsonaro recomendou o uso de cloroquina contra a COVID-19. Foto de arquivo - Sputnik Brasil, 1920, 22.08.2022
O presidente Jair Bolsonaro recomendou o uso de cloroquina contra a COVID-19. Foto de arquivo

Emissora entrevistará outros três candidatos

Após a entrevista de Bolsonaro, os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB) também serão entrevistados pela emissora.

O candidato do PDT será entrevistado na terça-feira (23); Lula na quinta-feira (25); e Tebet na sexta-feira (26). A ordem das entrevistas foi decidida por meio de sorteio.
Os convidados são os mais bem colocados nas pesquisas eleitorais. Na mais recente pesquisa Datafolha Lula liderava com 47% seguido de Bolsonaro com 32%, Ciro Gomes com 7%, e Simone Tebet com 2%.
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